Céu e o Inferno

Em época de eleição, sempre há uma porção de dúvidas e montanha de desconfiança! Votar no mais forte, no mais rico no bem falante? Costumo falar com populares sobre esse assunto e, sempre vem aquela resposta: “em político, não acredito, só prometem... melhor é acreditar PCC, organizado muito!”

E aí entra um nosso personagem, Eduardo Tricóneo Mefístole Epaminondas Qincas do Vale Brandão. O nome é complicado e, para nós, será apenas o Duda. Nada a ver com o Duda Mendonça que gostava de rinha, a briga de galos. Nosso Duda é honesto e sabe que, em Política, há o certo e o errado, , tipo Céu e Inferno. Resolveu visitar os dois, começando pelo Inferno. Encontrou a porta aberta. O Inferno sempre deixa a porta aberta... O que Duda viu era lindo! Uma grande festa, moças bem vestidas, sras. bem vestidas, cavalheiros de fraque, todos felizes, sorridentes! O local era magnífico, cheio de flores, vasos exuberantes junto às paredes. Até plátano havia. Grande mesa posta, com deliciosas iguarias. Ao lado, uma grande porta de vidro deixava ver um pomar e tanto! Amoras pretinhas, morangos vermelhos, açaís, pitangas maduras, jaboti cabas e framboesas pretas, acerolas, mangas espada e rosa, em profusão. Duda estranhou, porque ainda era cedo para as mangas, mas, vá lá que seja! O Duda ama frutas e já ia se dirigindo para lá, quando alguém o chamou: “Dudinha, caro eleitor, venha conhecer nossa programação política!” Ele foi e, em todas as enormes paredes, foi lendo. Ninguém mais ficaria esperando nas filas de Postos de Saúde e nos hospitais haveria um monte de médicos no atendimento! Candidatos com influência lá no Estado, acabariam com os inúmeros incêndio nas favelas; um deles até garantiu que acabaria com o crime organizado e que nenhum policial mais seria executado! E muitas, muitas promessas mais, sobre Segurança, casa própria para todos, etc, etc. Duda não votou logo neles, precisava visitar o Céu. E foi.Nada de exuberante, nada de promessas, apenas um ambiente calmo e agradável. Duda voltou ao lindo Inferno e votou lá. Já vinha voltando, quando se lembrou de uma pergunta que precisava fazer, no Inferno. Voltou, foi atendido, mas...o que viu lá...era terrível! Gente maltrapilha, triste, desdentada, descabelada, suja, o pomar era só um monte de lixo! “O que aconteceu aqui?” Perguntou ao atendente: “Isto aqui é o Inferno, seu idiota! Mas, já temos o seu voto, sua pessoa é nossa!”

Uta que la meia, pensou o Duda, quando é que vou aprender a ver as coisas como, realmente, elas são e não como parecem ser?

É uma boa pergunta que todos os eleitores brasileiros deveriam se fazer, nesta e nas outras eleições!

Grande abraço!

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Daidy Peterlevitz
Enviado por Daidy Peterlevitz em 18/09/2012
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