Nesse final de semana, as comunidades judaicas celebram a festa do ano novo judaico (Hosh Hassanah), 5773-2012 uma das festas fundamentais e centrais do judaísmo.Antes entre julho-agosto o Islã celebrou o mês do Ramadan 1433-2012 Eu gostaria muito que toda a humanidade tivesse herdado essas celebrações. Seria bem melhor do que celebrar o ano civil no dia 1 de janeiro dentro do modelo consumista que tem o Ocidente. Mas, o importante é herdarmos mesmo o espírito das celebrações.

 
O Rosh Hashana o  Yom Kipur e o Ramadan nos colocam a pergunta: o que aprendemos no ano que passou? 
 
 Refletimos sobre a nossa relação com os outros, pois é neles que espelhamos nossos desejos e nossos temores, nossas idealizações e nossos preconceitos, nosso egoísmo e nossa solidariedade.
 
Em cada julgamento que realizamos estamos julgando a pessoa que somos. 
 
Yom Kipur e Ramadan nos lembram de que a capacidade de  julgamento é o que nos faz humanos, mas também pode nos desumanizar, quando:  
 
  • Julgamos em forma apressada, e fomos injustos.
  • Julgamos sob o efeito da cólera ou do medo, e agimos errado.
  • Julgamos em forma preconceituosa, e humilhamos.
  • Julgamos em forma dogmática, e desrespeitamos quem pensa diferente.
  • Julgamos em função da opinião dos outros e não do que sentimos, e nos tracionamos.
  • Julgamos a forma e não o conteúdo, e fomos banais.
  • Julgamos quando o que deveríamos ter feito era só compreender.
  • E usamos o poder no lugar do dialogo, e oprimimos.
  • E valorizamos o que não merecia e desvalorizamos o que não devia.
  • E humilhamos com nosso olhar ou com um comentário, incapazes de sair de nossa forma estreita de ser.
Porque o dia do perdão e o jejum proposto pelo Profeta evidenciam orientação e discernimento para mudar nossa forma de julgar.
  • E sermos mais prudentes e menos afobados.
  • E sermos mais compreensivos e menos preconceituosos
  • E sermos mais cautelosos e menos apressados.
  • E sermos mais curiosos e menos dogmáticos.
  • E sermos mais generosos e menos egoístas.
  • Valorizando o essencial e não o supérfluo.
  • Protegendo nossos interesses sem pisar nos outros.
  • Levando em conta nossos sentimentos sem perder a noção de justiça. 
  • Superando nossos preconceitos que são uma couraça empobrecedora.
  • E não permitindo que os medos nos dominem.
 
De forma que possamos chegar ao próximo Rosh Hashana Yom Kipur, Ramadan ou Páscoa cristã tendo julgado menos porque nos conhecemos mais, nos colocando  ainda que seja por um instante na pele do outro, acumulado assim menos arrependimentos e mais atos de amor, produzido menos dor e mais satisfação.
        
Porque queremos ser melhores, vale a pena viver e brindar:
 
Shehechyanu, ve´quimanau ve’higuianu lazman haze.
Que vivemos, que existimos, que chegamos, a este momento.
                                                                         Byülki e Bernard Sörj 
 
Byülki e Bernard Sörj
Enviado por Byülki em 18/09/2012
Reeditado em 18/09/2012
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