Politicamente Correto
Síndrome? O que é isso? É tanto coisa hoje em dia que fica difícil entender, quanto mais explicar.
Devo ter lido essa palavra a primeira vez associada ao mongolismo, muito antes da existência da Síndrome do Politicamente correto – hoje, se nos referimos às pessoas que possuem a Síndrome de Down (reunião de elementos que causam dificuldades em habilidades cognitivas, desenvolvimento físico específico e aparência facial que remete ao povo mongol) como mongolóides seremos certamente tachados de preconceituosos. Depois, no final da década de 70 a palavra veio ligada a um filme de Hollywood muito premiado – Síndrome da China e na época fiquei por entender o significado. Hoje sei que o nome do filme derivou de uma piada de mau gosto que dizia que se o reator de uma usina atômica derretesse nos EUA, romperia as fundações e o núcleo dessa usina iria parar na China. Como pode ser observado, sentidos diferenciados, ligados a Medicina e a Psicologia. Psicologia? Sim. A síndrome da China certamente gerou pânico entre aquelas pessoas que acreditam em tudo o que lhe dizem. Pois síndrome é isso – um conjunto de sinais e ou sintomas que caracterizam determinada situação ou condição. A palavra é de origem grega e significa assim no basiquinho – reunião tumultuosa. Conjunto de características que associadas a situações críticas podem gerar insegurança ou medo. É isso que está acontecendo no momento: A síndrome do politicamente correto. Todos nós corremos perigo ao nos expressarmos sobre qualquer coisa porque essa qualquer coisa pode ficar ofendida e nos processar por crime contra qualquer coisa que for julgada delituosa.
O politicamente correto está saindo das medidas. Faz muito tempo que ele me irrita. Acho um absurdo ter que me referir a um indivíduo da raça negra como afro descendente. Ou então de “ministro moreno escuro”, como fez o deputado federal Julio Campos (DEM/MT) se referindo ao Ministro Joaquim Barbosa. Se fosse eu negra isso é que me ofenderia. Já pensou chamar O Negrinho do Pastoreio” de O Afrodescentezinho do Pastoreio?
Acho que pessoas educadas tratam tudo com respeito, outras pessoas, animais e situações, mas agora vejo gente implicando com expressões idiomáticas consagradas pelo uso como “matar dois coelhos com uma cajadada só” ou “mais vale um pássaro na mão do que dois voando” e no gato já não posso atirar o pau.
Não podemos mais chamar um engraçadinho metido a besta de palhaço, um péssimo motorista de barbeiro, um anão de anão, cego tem que ser deficiente visual, louco, deficiente mental.
O pior é o policiamento do politicamente correto sobre obras literárias, como está acontecendo com Monteiro Lobato e Dalton Trevisan e até Mark Twain.
Não posso negar, estou de ressaca. Não de ressaca de bebida, mas de um livro. Quando acabo a leitura de um bom livro fico assim, apegada ao livro como os atores ficam com seus personagens. Acabei de ler o Guia Politicamente Incorreto da Filosofia, de Luiz Felipe Pondé, mas falar especificamente sobre o livro vai ser assunto para outra crônica. No caso, mais uma de minhas resenhas para não esquecer.
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Síndrome? O que é isso? É tanto coisa hoje em dia que fica difícil entender, quanto mais explicar.
Devo ter lido essa palavra a primeira vez associada ao mongolismo, muito antes da existência da Síndrome do Politicamente correto – hoje, se nos referimos às pessoas que possuem a Síndrome de Down (reunião de elementos que causam dificuldades em habilidades cognitivas, desenvolvimento físico específico e aparência facial que remete ao povo mongol) como mongolóides seremos certamente tachados de preconceituosos. Depois, no final da década de 70 a palavra veio ligada a um filme de Hollywood muito premiado – Síndrome da China e na época fiquei por entender o significado. Hoje sei que o nome do filme derivou de uma piada de mau gosto que dizia que se o reator de uma usina atômica derretesse nos EUA, romperia as fundações e o núcleo dessa usina iria parar na China. Como pode ser observado, sentidos diferenciados, ligados a Medicina e a Psicologia. Psicologia? Sim. A síndrome da China certamente gerou pânico entre aquelas pessoas que acreditam em tudo o que lhe dizem. Pois síndrome é isso – um conjunto de sinais e ou sintomas que caracterizam determinada situação ou condição. A palavra é de origem grega e significa assim no basiquinho – reunião tumultuosa. Conjunto de características que associadas a situações críticas podem gerar insegurança ou medo. É isso que está acontecendo no momento: A síndrome do politicamente correto. Todos nós corremos perigo ao nos expressarmos sobre qualquer coisa porque essa qualquer coisa pode ficar ofendida e nos processar por crime contra qualquer coisa que for julgada delituosa.
O politicamente correto está saindo das medidas. Faz muito tempo que ele me irrita. Acho um absurdo ter que me referir a um indivíduo da raça negra como afro descendente. Ou então de “ministro moreno escuro”, como fez o deputado federal Julio Campos (DEM/MT) se referindo ao Ministro Joaquim Barbosa. Se fosse eu negra isso é que me ofenderia. Já pensou chamar O Negrinho do Pastoreio” de O Afrodescentezinho do Pastoreio?
Acho que pessoas educadas tratam tudo com respeito, outras pessoas, animais e situações, mas agora vejo gente implicando com expressões idiomáticas consagradas pelo uso como “matar dois coelhos com uma cajadada só” ou “mais vale um pássaro na mão do que dois voando” e no gato já não posso atirar o pau.
Não podemos mais chamar um engraçadinho metido a besta de palhaço, um péssimo motorista de barbeiro, um anão de anão, cego tem que ser deficiente visual, louco, deficiente mental.
O pior é o policiamento do politicamente correto sobre obras literárias, como está acontecendo com Monteiro Lobato e Dalton Trevisan e até Mark Twain.
Não posso negar, estou de ressaca. Não de ressaca de bebida, mas de um livro. Quando acabo a leitura de um bom livro fico assim, apegada ao livro como os atores ficam com seus personagens. Acabei de ler o Guia Politicamente Incorreto da Filosofia, de Luiz Felipe Pondé, mas falar especificamente sobre o livro vai ser assunto para outra crônica. No caso, mais uma de minhas resenhas para não esquecer.
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