Não viu, não falou, não ouviu! É um parvo!
Não viu, não falou, não ouviu! É um parvo!
Depois de compreender os três macaquinhos - não vejo, não falo, não ouço - entendi que a omissão pode ser a saída para vários achaques e delitos. A mesada foi dada durante um tempo, mas o dono da carteira não “sabia” que subtraiam os trocos da nossa pátria mãe gentil e dada.
Não vi! Realmente, ele devia andar com bengalas e, mesmo assim, insistia em uLULAr que fora o melhor na história da república. Parvo! Estávamos sendo guiados por um cego que nem sequer teve a hombridade de usar os óculos para tentar enxergar a depredação em seu governo. A casa caiu e ele, o dono, temporariamente, enterrava a honestidade nas “covinhas” de seu sorriso comprado na politicagem adquirida nos conchavos da oposição ignóbil.
Não ouvi! Os gritos de “quero mais” e os brados de “é meu” ecoavam pelos quatro cantos, mas... ele, o parvo, estava ouvindo a valsa dos desentendidos, enquanto a marcha fúnebre era tocada no seio de uma mãe idolatrada e maculada, mas ainda assim pedindo: salve, salve-me. Esse abjeto fez de nossa mãe um objeto, prostituindo-a e, oferecendo aos lobos que o cercavam. Tudo para manter perene um “estado” e não uma nação.
Não falo! Talvez calado e fingindo um mutismo digno de quem quer ser servido com as benesses que andavam murmurando nas alcovas, esse parvo calou-se para que não ressoasse a sua voz de comando direcionando as mãos grandes para o alheio. Quem cala consente! Mentira! Quem cala mostra que estava alheio ao furto alheio, ao braço grande abraçando verbas e a garganta não ficará rouca por repetir: tenho o direito de ficar calado.
Os três macaquinhos são exemplos de sabedoria e viva aquele que aprendeu a lição sabiamente, o parvo. Agora está tudo escancarado e é impossível não falar, não ver, não ouvir, pena que quem deveria fazer tais coisas, se escondeu atrás de uma vaidade, um egocentrismo e apadrinhou o vexame digno de um filme de gangsteres. E olha que, Al Capone, por menos, se deu mal! Vou me calar para não mandar todos para... Fechar os olhos para não ver nuas as vergonhas da pátria mãe e fingir-se de surdo para poupar meus ouvidos de ouvir um parvo sendo chamado de deus pelos carentes manipulados.
Mário Paternostro