O AMOR ACONTECE
Por Carlos Sena
Por Carlos Sena
Um amor acontece assim, ao vento. Acontece no meio da rua quando a gente vai perguntar a um desconhecido sobre um endereço. Acontece num espirro quando alguém do nosso lado diz “saúde”! Na doença, em pleno leito de um hospital, de repente ele, o seu amor pode estar lá – em forma de profissional de saúde, de visita ocasional, de voluntário de alguma instituição filantrópica, de representante de laboratório de remédio.
Subindo uma ladeira, perdido no meio de uma multidão, se pode acha-lo. O achado do amor é como um prêmio da loteria que nos acompanha para a vida toda. Para isto ele tem que ser amor – nem grande nem pequeno – o amor tem essa capacidade de não se permitir mensuração. Por isto seu encontro é factual e extemporâneo, como num cemitério, num velório ou noutras situações inusitadas.
Um amor acontece no entreabrir a porta para alguém que não queria bater na sua porta, mas bateu. Bateu também seu coração e aí o amor bateu.
Um amor acontece numa discussão de trânsito. Esquece-se o trânsito agressivo do verbo e o verso do amor começa a ser conjugado. Esquece-se a “barbeiragem”, pedem-se desculpas, trocam-se telefones e aí o amor não será mais trocado, mas fixo e permanente...
Um dia, calor de 35 graus, um transito infernal, problemas de toda sorte no trabalho e de repente você chega ao seu prédio para o descanso merecido após um dia de trabalho. Dentro do elevador, todos os andares foram marcados e você começa a ficar sem paciência quando de repente... Alguém te olha sereno e o silencio se encarrega de definir sua sorte: o amor acabara de acontecer feito mágica. Porque o amor é meio mágico quando acontece e sempre ele não se basta desses momentos.
Um brinde, um luar, um violão e um grupo de amigos na beira do mar. Um toque, uma canção, um poema de Vinicius e o mar fazendo o coral... Hino Ao Amor – eis a canção que prenuncia o amor acontecendo por si, calminho, sob o aconchego das mãos, dos lábios e do suspirar o ar do outro como se o mundo por ali se acabasse.
Amor que sobe, que acontece voando dentro de um avião. Amor que navega, que trafega, que não nega o alto mar da prova do navio de além mar. Amor que acontece no gesto de limpar o café derramado na roupa de um desconhecido; que acontece numa reclamação de som alto no apartamento do lado; amor que se faz leitura quando na biblioteca a gente se esbarra com a pessoa que nos lê inteiro e nos compreende imediato; amor que surge numa linha cruzada de telefone – uma discussão em vão em que cada um quer ter razão, menos o amor que ali espera sua vez de acontecer; amor que que se joga no freio brusco do ônibus e de repente no gesto da desculpa a gente se flecha e o amor se estabelece; amor que vai aos céus no ritmo da reza em plena igreja. Então a noite rumoreja, os amantes se tocam, se beijam e entregam a Deus a ventura do amor que se fez...
Subindo uma ladeira, perdido no meio de uma multidão, se pode acha-lo. O achado do amor é como um prêmio da loteria que nos acompanha para a vida toda. Para isto ele tem que ser amor – nem grande nem pequeno – o amor tem essa capacidade de não se permitir mensuração. Por isto seu encontro é factual e extemporâneo, como num cemitério, num velório ou noutras situações inusitadas.
Um amor acontece no entreabrir a porta para alguém que não queria bater na sua porta, mas bateu. Bateu também seu coração e aí o amor bateu.
Um amor acontece numa discussão de trânsito. Esquece-se o trânsito agressivo do verbo e o verso do amor começa a ser conjugado. Esquece-se a “barbeiragem”, pedem-se desculpas, trocam-se telefones e aí o amor não será mais trocado, mas fixo e permanente...
Um dia, calor de 35 graus, um transito infernal, problemas de toda sorte no trabalho e de repente você chega ao seu prédio para o descanso merecido após um dia de trabalho. Dentro do elevador, todos os andares foram marcados e você começa a ficar sem paciência quando de repente... Alguém te olha sereno e o silencio se encarrega de definir sua sorte: o amor acabara de acontecer feito mágica. Porque o amor é meio mágico quando acontece e sempre ele não se basta desses momentos.
Um brinde, um luar, um violão e um grupo de amigos na beira do mar. Um toque, uma canção, um poema de Vinicius e o mar fazendo o coral... Hino Ao Amor – eis a canção que prenuncia o amor acontecendo por si, calminho, sob o aconchego das mãos, dos lábios e do suspirar o ar do outro como se o mundo por ali se acabasse.
Amor que sobe, que acontece voando dentro de um avião. Amor que navega, que trafega, que não nega o alto mar da prova do navio de além mar. Amor que acontece no gesto de limpar o café derramado na roupa de um desconhecido; que acontece numa reclamação de som alto no apartamento do lado; amor que se faz leitura quando na biblioteca a gente se esbarra com a pessoa que nos lê inteiro e nos compreende imediato; amor que surge numa linha cruzada de telefone – uma discussão em vão em que cada um quer ter razão, menos o amor que ali espera sua vez de acontecer; amor que que se joga no freio brusco do ônibus e de repente no gesto da desculpa a gente se flecha e o amor se estabelece; amor que vai aos céus no ritmo da reza em plena igreja. Então a noite rumoreja, os amantes se tocam, se beijam e entregam a Deus a ventura do amor que se fez...