O discurso
O discurso da repetição
Povo brasileiro, ou melhor, meu povo. Com os olhos marejados de emoção e o coração saltando do peito, venho me expor para vocês. Eu, que conheço o suor da luta diária e trago nas mãos os calos da vida, peço o apoio nesta empreitada. Com a voz embargada e as mãos trêmulas, rasgo -me e me desnudo em nome da verdade; a minha verdade
Eu, humildemente, quase que me arrastando aos vossos pés e, piedosamente, com a subserviência de um enamorado à lua, clamo a todos para que deem as mãos nesta minha corrente. Cantemos num só coro, em um só tom e com os braços dados, a nossa força e união. Vamos acordar a cidade, alardear o silêncio com o nosso canto uníssono e de repulsa a tudo que vá de encontro aos nossos ideais.
Povo meu, em meu coração abri uma gaveta para guardar cada um de vocês e quando me sinto só, abro-a e retiro cada um e abraço como a um irmão. Cada mão que estendo é um afago que quero fazer, é um carinho que quero ofertar. Sou simples, tal qual vocês, tenho o cheiro do trabalho e a força de quem pode erguer sozinho um ideal. Carrego em mim a vontade da mudança e a determinação de quem quer fazer o melhor (o melhor para mim).
Caríssimos irmãos, com as mãos abertas e a vontade de juntar cada um de vós nessa empreitada, é que prometo que com o apoio de vocês, podemos erguer, não uma cidade, contudo um país. Nosso cordão tem que arrastar multidão e sonhos e em cada punho deve haver a realização e a vitória. Não quero um número, no entanto, a massa. Quero que na vitória estejamos irmanados e com a consciência do dever cumprido.
Sem delongas e sem querer me tornar enfadonho, termino aqui esse apelo e discurso clamando, ó povo meu: No dia do veredito, dia da verdade ser confirmada, peço , não somente o seu apoio nem, tampouco, seu voto, mas a seriedade e a decência de escolher,não o melhor, porém, o menos pior, pois, talvez, seja sonhar demais que haja homens probos nesse pleito. Escolham com consciência (caso tenham) e com firmeza.
Tenho dito!!!