O PERIGO SOBRE DUAS RODAS
Não há dúvida que a motocicleta é um veículo de locomoção bastante versátil. Quero dizer: é ágil, bonita, não gasta muito combustível, não está sujeta à morosidade do trânsito nas grandes cidades, tem um preço acessível a quem não pode comprar um carro, e por aí vão as vantagens.
Por outro lado, sabemos que a moto é uma verdadeira arma no trânsito. O motociclista pode ser competente, mas muitas vezes é mais imprudente que o motorista de carro. O perigo é constante, os acidentes são frequentes, as estatísticas são alarmantes.
Mas o que se há de fazer? A motocicleta é um instrumento de trabalho do qual muitos não podem prescindir. O número de motocicletas no trânsito só tende a aumentar. E os simpatizantes desse veículo não vão abrir mão do sonho de possuir e pilotar uma máquina tão veloz e potente. É comum ver-se motociclistas jovens, de pouca experiência, sair fazendo proezas pelas ruas, logo que adquirem a tão sonhada moto.
Nos últimos anos tenho presenciado ou tomado conhecimento de cerca de oito acidentes de trânsito aqui em minha cidade, e - pasmem - todos eles envolvendo motocicletas. Dois desses acidentes resultaram em morte. Um deles foi de uma moto com uma bicleta. Na maioria, o envolvimento foi de carro e moto, mas nem sempre o culpado tem sido o motociclista, o motorista de carro também é imprudente, como bem sabemos. A motocicleta é sinônimo de velocidade, mas no trânsito a velocidade é sinônimo de perigo.
Você pode estar pensando em comprar uma moto, talvez seja este o seu sonho. Enquanto não conseguir realizá-lo, pense mais. Pensando em tantos acidentes que acontecem, talvez você mude de ideia. Espere um pouco, junte mais dinheiro, compre um carro. Um carro também não é 100% seguro, mas é menos perigoso, pelo que dizem os números.
Não tenho carro nem moto. Há doze anos comprei uma bicicleta e é este o meu veículo de duas rodas. Vou com ela aonde quero sem nunca ter tido qualquer acidente, que beleza.