POBREZA.
Falar de pobreza é um tema bastante complicado. À pobreza é o canal para a miserabilidade. Afinal, o que é ser pobre? Ser pobre é morar mal,não poder comer bem e nem vestir bem. Ser pobre é ser preciso vender o almoço para poder comprar a janta. É ser discriminado e humilhado por energúmenos. Ser maltratados por funcionários mal-humorados nas repartições públicas e privadas. É ser sempre um doente mal assistido nas filas dos hospitais. Nós os pobres deste nosso rico Brasil, buscamos através da ironia força para vencer nossas infindáveis agruras sociais. Criamos nossos próprios bordões: “pão de pobre só cai com à manteiga pra baixo” “pobre só vai pra frente quando a polícia corre atrás” “ coração de pobre não bate, só apanha” “feio como mudança de pobre” e por aí vai... Esses são bordões publicáveis. Se partirmos para o vocabulário chulo ofenderemos ouvidos pulcros. Sem descartar a máscara da comédia, deveríamos reivindicar nossos direitos com dignidade e partir para a luta. Nossa arma cabe no bolso, mas se bem direcionada destruiríamos o muro da burguesia que divide os dois brasis. Dentro dos parâmetros religiosos e morais, não devemos invejar os ricos, mas sim questioná-los, pois somos escancaradamente discriminados. É evidente que há burgueses bem comportados,mas muito mais por desencargo de consciência de que por bondade. Ainda bem.
Às eleições de outubro vem aí. Façamos do voto uma arma para o combate á corrupção e à pobreza. Atualmente tenho uma avaliação muito pessoal: a classe média aumentou bastante no atual governo do país. Mas queremos mais.
Lair Estanislau Alves.