Se apaixone, só que não.

Ah o amor. Coisinha chata que só serve para atrapalhar a nossa vida. Eu sei, que você deve estar pensando que eu devo ter sofrido muito por amor, para estar menosprezando tanto essa palavra e o seu significado, porém não foi bem isso. Descobri que meu corpo não é perfeito. Que apesar de nele correrem várias estradas formadas por véias que são sustentadas pela grande metrópole chamada “coração”, tudo não passa de uma ilusão. Tudo foi-se por água abaixo quando descobri que tudo o que sentimos nada mais é do que puro interesse. E não me chame de um ser humano sem coração, a idéia aqui não é essa.

Vamos lá, você sabe o por que existem muitas pessoas que passam mal do estômago depois de mascar um chiclete, sentem muita fome ou desenvolvem, por exemplo, um problema de gastrite? Simples, meus caros. Enquanto nossa boca em conjunto com língua e dentes estiverem fazendo os movimentos de mastigação, nosso lindo e retartadado cérebro vai mandar um comando para o nosso estômago para que ele se prepare para receber comida. Ou seja, o bonitão do estômago joga um ácido para queimar o alimento que estamos digerindo, mas na verdade não estamos.

Pois bem, sabe quando nós ficamos apaixonados e ouvimos a voz daquela pessoa que gostamos muito, aí de repente ela vai chegando mais perto de você, suas pernas ficam bambas, seu rosto fica sem cor, ou fica com cor demais, dá um friozinho na barriga, algumas pessoas que possuem um organismo mais dramático, suam as mãos e a testa chega a brilhar. Mas uma coisa é padrão, o tonto do coração dispara. Vamos lá, para que serve o coração? Puro e simplesmente para bombar sangue. Pesquisadores estão usando exames de ressonância magnética para analisar o cérebro das pessoas enquanto elas observam a fotografia de quem amam. As imagens mostraram um aumento no fluxo de sangue nas áreas do cérebro com altas concentrações de receptores de dopamina, substância associada aos estágios de euforia, paixão e vício. Os altos níveis de dopamina também estão associados à norepinefrina, que aumenta a atenção, memória de curto prazo, hiperatividade, falta de sono e comportamento orientado. Em outras palavras, nessa fase se concentram muito naquele sentimento e deixam de lado todo o resto. Estudos recentes em neuroconciência têm indicado que as pessoas que se apaixonam, o cérebro sempre libera um determinado conjunto de produtos químicos, estimulando o cérebro do centro de prazer e levando a efeitos colaterais como aumento da frequência cardíaca, perda de apetite e do sono, e um intenso sentimento de excitação. A pesquisa indicou que esta fase dura geralmente de um ano e meio a três anos.

Conclusão? Quem manda nesse negócio é o cérebro. Bem, mas o que faz você se apaixonar? Nem vem com história de se perguntar, “ah, qual será a pessoa ideal para mim?”. Pior besteira é essa, todo mundo que já se apaixonou perdidamente um dia sabe que a pessoa menos esperada é aquela em que não tiramos mais da cabeça. Acontece é que se apaixonar tem ficado cada vez mais fácil. Sempre existiu o interesse. Isso é fato, ninguém se apaixona por ninguém de graça, se a outra pessoa não lhe acrescenta nada em sua vida, ela não fará diferença como namorado ou namorada. Vamos ser menos duros. Para que se dure um relacionamento é muito importante que as duas pessoas ou mais, no caso de amigos, tenham o mesmo objetivo, ou seja, quando temos o mesmo foco, o mesmo ponto onde queremos chegar. Esse relacionamento pode durar muito. À partir do momento em que alguma das partes resolve seguir outro caminho, esqueça! A perda de sentimento pode ocorrer na mesma facilidade em que ele veio.

Por isso estou tão...eu não diria revoltado da minha vida, mas um pouco chateado, pensar sobre essas coisas, faz você pensar em várias outras coisas. Mas, vamos deixar isso pra lá, afinal agora quem explica é Freud, ele bem avisou para tomarmos cuidado com o rumo em que deixamos nossos pensamentos nos levarem, se não corremos o sério risco de endoidarmos.

Ah, portanto escolhi aproveitar tudo o que a vida me der, tudo o que a vida tem a me mostrar, todas as oportunidades que a vida me der, todas as pessoas que a vida me apresentar, todas as pessoas que a vida me mostrar que não prestam, tudo, tudo, tudo o que a vida pode fazer comigo eu vou deixar, afinal eu tenho um interesse na vida, ela é responsável por me deixar vivo! Estou apaixonado pela vida.

Gustavo Barreto
Enviado por Gustavo Barreto em 02/08/2012
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