PEDERASTA
Cidadezinha perdida no litoral, cercada de mangues. Grande população rural aposentada e nada a fazer.
A distração deles é ver os barcos atracarem no cais junto ao manguezal, pra conhecer visitantes e saber das novidades da capital.
Um deles 'bate ponto' no horario de chegada dos barcos. É o jornal da cidade e todos o conhecem bem, sabendo que esse hábito é típico de quem tem muito tempo livre. Nada de errado nisso.
Um certo visitante que costuma ir rotineiramente ali, se sente incomodado com o velho e resolve destratar-lhe, sem dar na vista.
Na práxima viagem, quando e o velho se aproxima, ávido de noticias e caras novas, ele se adianta pra pregar-lhe a peça, já ensaiada.
Seu Joca, como vai o meu caro amigo pederasta?
Ao que o velho responde com a cara mais inocente e naquele seu jeito matuto de homem afeito ao cabo da enxada e não a palavras bonitas.
Ah, seu Fulano, isso não é pra mim, essas coisas bonitas devem ser ditas pra o senhor, pra seu pai, sua mãe, sua família... pra mim, não.
Nunca se soube se seu Joca sabia do que lhe estavam chamando, mas o Fulano, teve que ficar de boca fechada e não retrucar nada, afinal ela não estava elogiando?
Bem-feito, quem mandou ser saliente?
Este fato real, foi contado por um colega.
A FIM DE EVITAR ENTENDIMENTO ERRADO COMO O DE "ANTONIN", QUE FEZ UM COMENTARIO JÁ DEFENDENDO UMA POSSIVEL POSIÇÃO CONTRA O ESCRITO POR ACHÁ-LO OFENSIVO(?????), ESCLAREÇO QUE LEIAM COM ATENÇÃO QUE FOI UM FATO REAL, OCORRIDO, EM QUE A PESSOA USOU ESSE TERMO. EU SOMENTE RELATEI, USANDO O TERMO QUE O PERSONAGEM (REAL) USOU. E É FLAGRANTE QUE A PESSOA DA HISTORIA NEM TINHA NOÇÃO DO SIGNIFICADO DA PALAVRA.