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           Existe algo que me aborrece, profundamente, na "indústria do turismo", é a massificação, a plastificação do atendimento, facilmente encontrável nos melhores pontos turísticos brasileiros, nos mais explorados. 
            Fico pensando se os patrões apostam mesmo na imbecilidade do turista, ou se apostam no deslumbre, que as belas paisagens causam, para fazer o visitante de otário, de idiota, com seus preços abusivos, mascarados por um atendimento falsamente cortês.
            Detesto os profissionais da simpatia!!! Aqueles que estão sempre rindo e repetem as mesmíssimas gracinhas para tooooooooodos que chegam e demonstram algum potencial lucrativo. Se for em uma cabana de praia, será que eles não percebem que se fisgarem o cliente, e forem dar outro bote com a mesma isca, vai ficar feio??? Será mesmo que eles acham que ninguém percebe que aquele tratamento inicial, aparentemente, carinhoso, era pasteurizado??!!!
            Gente! Eu percebo! E me irrito! Prefiro que se atenham ao básico, até, pelo menos, que nasça, espontaneamente, alguma empatia. É aquela história: interpreta-se tanto, na vida, que se fala a verdade, ninguém acredita! Claro! Há tanto interesse, por trás de cada gesto. Aí já não mais falando do turismo. Tantas segundas, terceiras e quartas intenções... Que complicação fizemos, hein?! Até limpar a casa toda... Tanto lixo! Tanta mentira! Tanta egoísta conveniência! Tanta falta de consciência! Tanta espiritual mendicância!!!!
            De qualquer forma, pelo menos nos pontos turísticos, é fácil corrigir isto. Basta deixar um espaço para a criatividade do funcionário. Orientá-lo, claro, segundo as metas da casa. Mas, não permitir textos decorados, expressões decoradas, simpatia ensaiada. Isto ofende ao turista. É anti-profissional. O bom profissional ganha a afeição do cliente, sendo criativo, sim, mas, sendo verdadeiro. Ninguém quer ser atendido por robôs sorridentes, com elogios prontos e falsos escorrendo pelos cantos da boca. Nem todo turista quer conversar. Nem todo turista é estúpido...Hum! Quero dizer... Salvam-se alguns... rsrs. Sim, porque tem aqueles, que pedem para serem enganados. A estes, os falsos simpáticos. Aos outros, os bons atendentes, com um mínimo de sensibilidade para tratar bem, sem puxar o saxo, sem meter a mão no bolso, só porque ele está aberto...
            Este recado vai para todos os patrões de todos os centros turísticos do Brasil: respeitem a inteligência do turista.




Continua, em poesia, no link abaixo:
http://claudiopoetaitacare.blogspot.com.br/2012/07/respeitem-o-turista-pelas-dimensoes.html



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Claudio Poeta
Enviado por Claudio Poeta em 19/07/2012
Código do texto: T3786803
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