Anti-modernismo no amor
Acho que eu nasci no século errado. Sério mesmo. E não digo isso nem tanto pelos meus gostos musicais ou preferências literárias. Falo principalmente pelo quesito amor. Não aceito a ideia de "amizade colorida" Qual a graça disso? Você está com alguém que não é bom o suficiente para ser chamado de seu namorado ou mesmo ficante, mas que também não pode ser só um amigo. Que terrorismo mental é esse?
Se a questão é amor, não sei viver de pedaços. De metades, de meios termos. Não sei "brincar de gostar". Sou do tipo que sente necessidade de andar de mãos dadas, de criar versos no calor do momento, de cafunés e de abraços sem motivo.
Gosto de imaginar um futuro e até mesmo um presente. Fechar os olhos e imaginar cenas, criar momentos e torcer esperançosamente que se realizem, mesmo que as chances sejam muito pequenas.
Se for para ser amor, que seja assim. Um romance de beijos inesperados, de olhar nos olhos sem que nenhuma palavra seja necessária; De mãos entrelaçadas, de beijos na testa (o melhor "eu cuido de você" que pode existir, na minha opinião)
Só assim cada segundo vai valer. Cada sorriso vai ser mais apaixonado e cada abraço vai trazer o arrepio que só aquela pessoa é capaz de dar. Não sei, posso até parecer antiquada, mas para mim, isso sim eu posso chamar de amor.