QUANDO EU ERA CRIANÇA.
Noite passada, sentei na sacada de minha casa e pus-me a pensar em minha vida. Tem dias que sinto que estou no caminho, mas tem dias que tenho a necessidade de entender tudo que está acontecendo, e mais que isso, porque preciso passar por isso? Nesta busca reflexiva, lembrei-me de minha infância, que costumo a dividir em duas partes, lembrei só da divertida, que relatarei a seguir, a segunda parte fica para outra história.
Infância essa que todos querem passar, e depois querem voltar... Por pior que seja, você sabe que teve algo bom, que educação se aprendia em casa, que uma chinelada na bunda não fazia mal a ninguém, que se fazia bem feito... Mas agora são lembranças, ficaram lá, como se fosse um baú ou um lugar, que voltamos em espírito, mas não em corpo. Meu mundo era bem mais bonito, sem dúvida... Criava definição para tudo, o que não conhecia imaginava... Alguns diriam que era uma boba, mas não tem problema nenhum nisso, se você não se acomodar.
Como qualquer criança, tinha um medo de velho do saco e o pior é que eu sabia que ele trabalhava na Praça é Nossa (na época o melhor programa de comédia da TV brasileira) e ninguém fazia nada, me arrepiava toda só de ver aquele cara que puxava uma caixinha amarrada a um barbante e dizia “To de olho no senhor”. Que loucura!
Eu também acreditava que atrás da minha casa morava um leão, evitava sair à noite para ele não me devorar (só a noite ele saia do mato), quando não tinha escolha, o coração batia tanto, que parecia que ia saltar pela boca, imagina só, um leão... Bem próximo a minha casa morava uma tia, ficava lá quase que direto porque meus pais trabalhavam, um dia querendo passar o papo nela, disse que havia alguém a chamando, ela disse, “Está escrito na sua testa que é mentira”, me desesperei, fui correndo até o espelho olhar (não acredito que fiz aquilo), é obvio que não havia nada ali, mas eu não desisti, fui até uma de minhas primas e dizia: “Mas olha bem, de repente você vê!”.
E a TV então? Achava fabulosa, pensava que as pessoas que apareciam nos comerciais, ficavam em filas, esperando a sua vez para apresentar seu produto, coitadas, deveriam cansar muito... Nem vou comentar do rádio... O senhor leitor deve pensar que espécie de infância tive, só quero ressaltar que fui das crianças que não tinham internet e celular, obedeciam aos pais e ajudava nos afazeres domésticos.
Ah! Mas era tão boa essa inocência toda, depois que você cresce algumas coisas perdem a graça!
E assim passaram-se muitas lembranças pela minha cabeça, quantas aventuras e tesouros para descobrir ao redor de casa, não tinha medo de subir em árvores, pular tábua e se sujar era a diversão, passava horas lendo e brincando de escolinha...
Fico pensando em como contar essas memórias às crianças de hoje, com certeza dariam muita risada de mim, alguns até usariam nomes ofensivos para descrever minha inocência toda. Mas as crianças de hoje também são crianças, mas quais suas duvidas? Incertezas e medos?
Não sei se eles esqueceram que são crianças, não que esteja errado, mas sadio e construtivo também não é, qualquer um concordará comigo, é só olhar por aí. Eles têm tanta ‘porcaria’ digital que nem sabem o que é uma travessura legal, daquelas que não fazia mal a ninguém...
Noite passada, sentei na sacada de minha casa e pus-me a pensar em minha vida. Tem dias que sinto que estou no caminho, mas tem dias que tenho a necessidade de entender tudo que está acontecendo, e mais que isso, porque preciso passar por isso? Nesta busca reflexiva, lembrei-me de minha infância, que costumo a dividir em duas partes, lembrei só da divertida, que relatarei a seguir, a segunda parte fica para outra história.
Infância essa que todos querem passar, e depois querem voltar... Por pior que seja, você sabe que teve algo bom, que educação se aprendia em casa, que uma chinelada na bunda não fazia mal a ninguém, que se fazia bem feito... Mas agora são lembranças, ficaram lá, como se fosse um baú ou um lugar, que voltamos em espírito, mas não em corpo. Meu mundo era bem mais bonito, sem dúvida... Criava definição para tudo, o que não conhecia imaginava... Alguns diriam que era uma boba, mas não tem problema nenhum nisso, se você não se acomodar.
Como qualquer criança, tinha um medo de velho do saco e o pior é que eu sabia que ele trabalhava na Praça é Nossa (na época o melhor programa de comédia da TV brasileira) e ninguém fazia nada, me arrepiava toda só de ver aquele cara que puxava uma caixinha amarrada a um barbante e dizia “To de olho no senhor”. Que loucura!
Eu também acreditava que atrás da minha casa morava um leão, evitava sair à noite para ele não me devorar (só a noite ele saia do mato), quando não tinha escolha, o coração batia tanto, que parecia que ia saltar pela boca, imagina só, um leão... Bem próximo a minha casa morava uma tia, ficava lá quase que direto porque meus pais trabalhavam, um dia querendo passar o papo nela, disse que havia alguém a chamando, ela disse, “Está escrito na sua testa que é mentira”, me desesperei, fui correndo até o espelho olhar (não acredito que fiz aquilo), é obvio que não havia nada ali, mas eu não desisti, fui até uma de minhas primas e dizia: “Mas olha bem, de repente você vê!”.
E a TV então? Achava fabulosa, pensava que as pessoas que apareciam nos comerciais, ficavam em filas, esperando a sua vez para apresentar seu produto, coitadas, deveriam cansar muito... Nem vou comentar do rádio... O senhor leitor deve pensar que espécie de infância tive, só quero ressaltar que fui das crianças que não tinham internet e celular, obedeciam aos pais e ajudava nos afazeres domésticos.
Ah! Mas era tão boa essa inocência toda, depois que você cresce algumas coisas perdem a graça!
E assim passaram-se muitas lembranças pela minha cabeça, quantas aventuras e tesouros para descobrir ao redor de casa, não tinha medo de subir em árvores, pular tábua e se sujar era a diversão, passava horas lendo e brincando de escolinha...
Fico pensando em como contar essas memórias às crianças de hoje, com certeza dariam muita risada de mim, alguns até usariam nomes ofensivos para descrever minha inocência toda. Mas as crianças de hoje também são crianças, mas quais suas duvidas? Incertezas e medos?
Não sei se eles esqueceram que são crianças, não que esteja errado, mas sadio e construtivo também não é, qualquer um concordará comigo, é só olhar por aí. Eles têm tanta ‘porcaria’ digital que nem sabem o que é uma travessura legal, daquelas que não fazia mal a ninguém...