DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL
Desenvolvimento sustentável
Deveríamos consumir do mundo o suficiente para a nossa sobrevivência, mas,, com uma voracidade irracional, estamos desperdiçando o que deveria ficar nas prateleiras da natureza. Numa gulodice doentia, vamos engordando a nossa estupidez humana e deixando morrer, de inanição, as reservas que a própria terra tenta guardar para o nosso futuro. Somos sedentos pelo desperdício e matamos a nossa sede com a devastação de recursos híbridos e a destruição de um futuro, que com seus pulmões poluídos pelas chaminés do progresso, tosse de agonia.
Vivemos em um mundo, no qual, nos foi dado de presente cada pedaço de vida; plantamos, colhemos e deixamos uma clareira queimando no seio da natureza. Alimentamo-nos tanto da terra que, hoje, ela passa fome e sede de consciência; arde em febre (efeito estufa); chora de angústia (tempestades, vendavais etc...) e treme (terremotos) de medo do que ainda podemos fazer. Sustentá-la com um pouco de discernimento e conscientização, talvez, lhe dê um unguento, mas paliativos já não servem; a hora é de tratar a terra com responsabilidade política e força de vontade de cada um. Respirar o oxigênio puro do desenvolvimento será impossível, pois frear o progresso para sustentar com a própria vida novas gerações é quase uma utopia. É preciso que aqueles que acendem o “carvão da chaminé” tenham responsabilidades e aceitem que o futuro é o agora e não mais o amanhã.
Corremos, desembestadamente, em busca de um progresso faminto por devastação que esquecemos de sustentar o porvir. Enquanto não houver determinação e vontade política, não haverá desenvolvimento sustentável. Haverá, sim, uma predação desmedida e com a finalidade de alimentar a ganância de quem vive comendo / regurgitando a devastação e deixando a mesa vazia para as gerações vindouras. Discutir soluções já determinadas e não colocá-las em prática de nada adiantará e, assim, podem passar +20, +40, +60, +80 etc. e os acordos serão apenas papéis assinados feito por árvores derrubadas.
MÁRIO PATERNOSTRO