O AMOR QUE EU INVENTEI...
Eu inventei esse amor, criei cada viela que pudesse de alguma forma me levar até você!Procurei caminhos que não fossem tão encrespados, mas te confesso que todos eles me deixaram sem alternativa. Eu inventei esse amor na iminência de que você me percebesse, me olhasse e sentisse por mim a mesma coisa que eu sinto por você. Não digo um sentimento voraz e nem devastador, mas um sentimento leve e suave como sempre pediu que eu sentisse. Tentei ajustar o tempo à necessidade que eu sentia de ter você perto de mim, por tua causa burlei minhas leis fui contraditória as minhas causas mais sensatas. Por ti teria ido onde o intelecto não alcança, por ti teria feito o que nunca ousei fazer por ninguém. Tu foste um amor desejado, um amor escrito, um amor sonhado. E eu te amei de paixão...
Por isso gostaria que você não se prendesse, apenas vivesse. O casamento é na maioria das vezes uma prisão e até mesmo o maior amor às vezes esfria e nos deixa nus. É como se nos tirassem a roupa e nos deixássemos ilhados sem direção e como um barco à deriva ficasse perdido em meio às ondas de um mar bravio...
Sempre disse que em tua vida não seria nem importante nem especial. Em tua vida seria inesquecível. Um amor que nem o tempo com todo o seu controle pudesse apagar...
Por isso não quero que você se prenda por mim, apenas viva todos os momentos que tiver para viver... Mas gostaria de ser única em tua vida, queria ser exclusiva e ter total monopólio sobre ti! Mesmo sentindo todo esse ciúme e todo esse desejo de tê-lo só para mim...
Pois às vezes o amor acaba e as juras de amor não entram nos ouvidos dos mortais porque todas são escritas sobre as águas e às vezes em que são pronunciadas quase não são falazes. Depois do ato supremo todos os homens perdem o encanto, e enfadonho é que eles pensam a mesma coisa das mulheres, é por isso que os encontros amorosos são tão rápidos para poder surpreender e decepcionar os homens por suas paixões efêmeras e frustrar as mulheres por não poder torná-las duradouras. Tu és um amor que eu inventei, tu de fato não existes, meu consciente te criou na iminência de que um dia viesses ser realidade, ato-falho o meu, tu fostes obra do meu consciente, tão perfeito assim, só poderia ser obra do imaginário. Não existe entre seres mortais alguém tão perfeito assim...
** Saudade não se define. Tu ainda és meu ponto fraco!
Por Neyde Silva