No que você está pensando?
No que estou pensando? É o cúmulo do absurdo isso, todas as vezes que abro o Facebook lá está a pergunta: No que você está pensando? Não sei a quem pode interessar saber no que estou pensando, entre mil e um motivos porque quando alguém ler o que eu postar já não estarei pensando mais aquilo. O que me incomoda principalmente é que nesse mesmo momento em que vejo a pergunta eu paro para ver no que estou pensando, como se o meu pensamento fosse uma coisa estancada, observável. Agora mesmo eu estava pensando se estava pensando ou se estava sonhando, mas acordei com uma imagem; minha mãe, minha tia Clarita e minha avó Maria assentadas na sala de TV vendo os meus cachorrinhos descendo a escada arrastando uma manta azul. Elas riam. Ora, minha avó já morreu e minha tia não vem mais em minha casa porque seus joelhos não permitem. E é essa imagem/pensamento que não saem da minha mente. Está recorrente desde o momento em que a chuva me levantou e me trouxe até ao teclado porque meus dedos comichavam.
Choveu como ninguém esperava. Chuva em junho é um despropósito. Ah, essa chuva vai durar uns três dias, disse gente baseada em gente que entende. Será que existe realmente gente que entende de chuva ou da falta dela? Pode ser, tanto a Ciência quanto a Técnica estão muito adiantadas, mas às vezes o tempo/clima é um enrolador. Diz que vai, e nem vem. É nisso que estou pensando agora, que vim em casa, almoçar e trocar de roupa. Roupa trocada, pronta para recomeçar o dia, o sol brilha, as nuvens parecem carneirinhos brancos bem espalhados pelo pasto azul e eu vou com minha pasta surrada correr atrás de contas para pagar. Nem bem a chuva desapareceu e todas as pessoas da cidade resolveram vir para a rua que está mais parecendo cena de filme em país oriental, nem o que falam eu entendo, principalmente porque falam sozinhas. Devia ser proibido falar ao celular na rua, aumenta a poluição auditiva e pensei ainda que não faria nenhuma diferença se eu estivesse no pátio de um manicômio. Não que eu já tenha estado em um, vi em filme, que é de onde vem a maior parte de meus conhecimentos, de filmes e livros.
Agora estou pensando que vou aderir ao Manifesto das Coroas Poderosas, movimento do qual tomei conhecimento hoje, lançado pela antropóloga, professora universitária e articulista do caderno Equilíbrio da Folha. Estou pensando ainda que não posso reproduzir aqui o manifesto porque não pedi licença e coroas poderosas não precisam de atos escusos para se tornarem mais poderosas ainda.
E se existe coisa que me aborrece é gente burra e é nisso que estou pensando, nessa mulher maluca que matou o marido milionário e teve um trabalhão para esconder o fato, deixando rastros que até um cego veria.
Estou pensando que minha amiga C. convidou-me para fazer parte de um grupo de Mulheres Contadoras de Histórias e eu aceitei sem muito questionamento porque ela é muito criativa e sei que vai dar certo.
E agora estou pensando que é hora de dormir porque apesar de amanhã ser feriado minha irmã N vai chegar e vou fazer o almoço, receita nova que me parece muito, mas muito boa mesmo (ou esquisita).
No que estou pensando? É o cúmulo do absurdo isso, todas as vezes que abro o Facebook lá está a pergunta: No que você está pensando? Não sei a quem pode interessar saber no que estou pensando, entre mil e um motivos porque quando alguém ler o que eu postar já não estarei pensando mais aquilo. O que me incomoda principalmente é que nesse mesmo momento em que vejo a pergunta eu paro para ver no que estou pensando, como se o meu pensamento fosse uma coisa estancada, observável. Agora mesmo eu estava pensando se estava pensando ou se estava sonhando, mas acordei com uma imagem; minha mãe, minha tia Clarita e minha avó Maria assentadas na sala de TV vendo os meus cachorrinhos descendo a escada arrastando uma manta azul. Elas riam. Ora, minha avó já morreu e minha tia não vem mais em minha casa porque seus joelhos não permitem. E é essa imagem/pensamento que não saem da minha mente. Está recorrente desde o momento em que a chuva me levantou e me trouxe até ao teclado porque meus dedos comichavam.
Choveu como ninguém esperava. Chuva em junho é um despropósito. Ah, essa chuva vai durar uns três dias, disse gente baseada em gente que entende. Será que existe realmente gente que entende de chuva ou da falta dela? Pode ser, tanto a Ciência quanto a Técnica estão muito adiantadas, mas às vezes o tempo/clima é um enrolador. Diz que vai, e nem vem. É nisso que estou pensando agora, que vim em casa, almoçar e trocar de roupa. Roupa trocada, pronta para recomeçar o dia, o sol brilha, as nuvens parecem carneirinhos brancos bem espalhados pelo pasto azul e eu vou com minha pasta surrada correr atrás de contas para pagar. Nem bem a chuva desapareceu e todas as pessoas da cidade resolveram vir para a rua que está mais parecendo cena de filme em país oriental, nem o que falam eu entendo, principalmente porque falam sozinhas. Devia ser proibido falar ao celular na rua, aumenta a poluição auditiva e pensei ainda que não faria nenhuma diferença se eu estivesse no pátio de um manicômio. Não que eu já tenha estado em um, vi em filme, que é de onde vem a maior parte de meus conhecimentos, de filmes e livros.
Agora estou pensando que vou aderir ao Manifesto das Coroas Poderosas, movimento do qual tomei conhecimento hoje, lançado pela antropóloga, professora universitária e articulista do caderno Equilíbrio da Folha. Estou pensando ainda que não posso reproduzir aqui o manifesto porque não pedi licença e coroas poderosas não precisam de atos escusos para se tornarem mais poderosas ainda.
E se existe coisa que me aborrece é gente burra e é nisso que estou pensando, nessa mulher maluca que matou o marido milionário e teve um trabalhão para esconder o fato, deixando rastros que até um cego veria.
Estou pensando que minha amiga C. convidou-me para fazer parte de um grupo de Mulheres Contadoras de Histórias e eu aceitei sem muito questionamento porque ela é muito criativa e sei que vai dar certo.
E agora estou pensando que é hora de dormir porque apesar de amanhã ser feriado minha irmã N vai chegar e vou fazer o almoço, receita nova que me parece muito, mas muito boa mesmo (ou esquisita).