SARX - O Clube das Paixões
Fernando se via há alguns minutos admirando o magnífico nascer do sol no céu paulistano, numa manhã de dezembro daquele difícil ano de 2016. Estava apoiado no peitoril da grande porém única janela de vidro fumê do seu quarto. O requintado apartamento em que ele, seus pais e sua irmã caçula residiam ficava no vigésimo nono andar de um esplêndido edifício de aspecto dourado em Alphaville.
Naquele instante, o canto esquerdo da boca dele desenhou-lhe um sorriso entre o angelical e o sensual - e, conseguindo mirar o sol, com curiosa facilidade, Fernando afirmou convictamente para si mesmo: a partir de agora, a luz da minha vida vai brilhar a cada dia, e mais do que o sol!... até atingir a perfeição.
Uma fração de segundo depois, ele despertou-se de um sono profundo. Acabara de ter outro daqueles sonhos fantásticos que noite após noite vinham cobrí-lo na cama. E do outro lado da porta do aposento, veio a voz insistente de sua irmã, Faira, que dizia:
- Nando, levanta! Não queremos nos atrasar para a viagem. Vem logo tomar café conosco!...
Pronto! Estava explicado o que o havia despertado do sono.
Ainda deitado de rosto para cima, o moço abriu os olhos, que reluziam feito berilo próximo ao fogo, sempre que tocados por um fio de sol que adentrava ali pela janela. Eu estava sonhando!, refletiu ele suspirando umas três vezes.
- Fernando!
- Já vou, Faira!
Deixou a cama de lençóis alvos e macios, de cheiro suave e caminhou até a janela. Sentia que aquilo estava acontecendo exatamente como no sonho que acabara de ter; o sol da realidade resplandecia totalmente igual ao sol da sua sonhação; mas chateadamente já não conseguia fitar o sol como fizera no sonho ainda há pouco.
Então uma poderosa sensação de déja vù assomou-lhe no esôfago.
Deixou-se sorrir feito quando sonhava e assim, sem tirar nem acrescentar palavra ou letra, repetiu para si mesmo a profecia que fizera antes oniricamente: a partir de agora, a luz da minha vida vai brilhar a cada dia, e mais do que o sol!... até atingir a perfeição.
Fernando se via há alguns minutos admirando o magnífico nascer do sol no céu paulistano, numa manhã de dezembro daquele difícil ano de 2016. Estava apoiado no peitoril da grande porém única janela de vidro fumê do seu quarto. O requintado apartamento em que ele, seus pais e sua irmã caçula residiam ficava no vigésimo nono andar de um esplêndido edifício de aspecto dourado em Alphaville.
Naquele instante, o canto esquerdo da boca dele desenhou-lhe um sorriso entre o angelical e o sensual - e, conseguindo mirar o sol, com curiosa facilidade, Fernando afirmou convictamente para si mesmo: a partir de agora, a luz da minha vida vai brilhar a cada dia, e mais do que o sol!... até atingir a perfeição.
Uma fração de segundo depois, ele despertou-se de um sono profundo. Acabara de ter outro daqueles sonhos fantásticos que noite após noite vinham cobrí-lo na cama. E do outro lado da porta do aposento, veio a voz insistente de sua irmã, Faira, que dizia:
- Nando, levanta! Não queremos nos atrasar para a viagem. Vem logo tomar café conosco!...
Pronto! Estava explicado o que o havia despertado do sono.
Ainda deitado de rosto para cima, o moço abriu os olhos, que reluziam feito berilo próximo ao fogo, sempre que tocados por um fio de sol que adentrava ali pela janela. Eu estava sonhando!, refletiu ele suspirando umas três vezes.
- Fernando!
- Já vou, Faira!
Deixou a cama de lençóis alvos e macios, de cheiro suave e caminhou até a janela. Sentia que aquilo estava acontecendo exatamente como no sonho que acabara de ter; o sol da realidade resplandecia totalmente igual ao sol da sua sonhação; mas chateadamente já não conseguia fitar o sol como fizera no sonho ainda há pouco.
Então uma poderosa sensação de déja vù assomou-lhe no esôfago.
Deixou-se sorrir feito quando sonhava e assim, sem tirar nem acrescentar palavra ou letra, repetiu para si mesmo a profecia que fizera antes oniricamente: a partir de agora, a luz da minha vida vai brilhar a cada dia, e mais do que o sol!... até atingir a perfeição.