Receba estes doces versos sem mágoa ou obrigação

Receba estes doces versos sem mágoa ou obrigação. Receba estes doces versos como quem recebe um escancarado “Bom dia!” Receba-os com alegria... (mas, se ele realmente os causar).Não sinta remorso se não mereceres. Sinta-os! Não chore. Não ria. Nem respire ofegante! Seja elegante. Não vire a face. Não sinta-te invadida! Meus versos...um pouco de tua vida... nossa vida! Olhe, pare, escute-a pois corre nestes meus versos! Não te impressione! Se te sentires tonta, desmaie! todavia... com altivez. Disfarce a soberba, a qual te faz sentir amada! Creia! Ao menos um segundo, na força destes meus versos... Delire-se pela rudez destes imperfeitos versos! E quando a noite violar o dia com “requintes de impiedade”, compreenda, faz-se vida nova. E quando, ao travesseiro ouvires um leve sussurrar, receba estes doces versos, sem mágoa, sem obrigação. Pode até enrolá-los, amassá-los... Contudo, se se apiedar de seus destinos, arquive-o ou jogue-o, se achar digno, na gaveta de baixo ou de cima de seu dulce – coração.

Obs.: Tive dúvida na classificação. Resolvi chamá-lo crônica, talvez uma crônica poética, ou coisa parecida ou uma poesia em prosa (sei lá).

Obrigado!

(Marcio J. de Lima) 16-03-2012.