Pra você

E mais uma vez foi pra você que eu corri, lágrimas nos olhos, embrulho no estôma...go e um frio descompensado no peito, um sinal de cansaço nos olhos, coração ferido de amar demais. E eu disfarço, digo que a saudade me trouxe, mas você percebe e lê o que meus pés impacientes querem dizer e daí não preciso falar mais, as lágrimas escorrem como uma nascente. Quando estou com você, meu sentimento antigo de peixe fora d’água some, evacua, seu sorriso me devolve um lar, sua mania de me decifrar quando nem eu mesma entendo minhas neuroses e crises trás familiaridade a meu mundo tão vazio e solitário de pessoas. Você é o único que me enxerga, o único pra quem não tenho vergonha de admitir que sou fraca, que erro, que sou boba, que fui atrás mais uma vez quando era pra ficar quieta. Quando damos as mãos, posso ouvir o mundo me dizendo pra ir em frente, há um oásis na próxima esquina, há um cantinho com uma rede na próxima parada. E ás vezes você assim como eu não diz nada, mas também não precisa, nossa cumplicidade vai além das palavras. Tudo que temos é fruto de dois corações familiarizados com a dor, que se reconhecem no mesmo intuito de esquecer tantas marcas profundas de uma vida que ainda não nos foi generosa. Você é o meu colo quando as pessoas que amo se vão, é o cobertor quentinho quando as decepções sufocam meus sonhos, é o abrigo seguro quando as lutas me tiram um lar.

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Kamylla Cavalcanti
Enviado por Kamylla Cavalcanti em 31/05/2012
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