SER DE LUZ

Ao falar de Anjos da Guarda, pensa-se logo em um Ser etéreo investido de grandes poderes e escalado por Deus com a missão de nos proteger em nossa jornada na Terra. Será assim mesmo? Serão seres Divinos, guiando nossos passos dia após dia?

Pode ser assim! Quem sabe? Porém, uma espécie de anjo muito real compartilha-nos a vida sem que percebamos toda sua luz. Digo isso, não como um saber racional, algo que me foi ensinado; não, não, digo pela benção que tive de reconhecer alguns de meus anjos da guarda. Certo que tal benção não é privilégio meu, visto que todas as pessoas convivem com seus anjos da guarda, mas preocupadas com as coisas da matéria ou por ingratidão não percebem esse ser de bondade que nos deu a vida e que nunca nos abandona. Considero-me privilegiado porque Deus permitiu que eu reconhecesse alguns desses meus anjos da guarda e como os reconheci. Vou contar como aconteceu uma dessas descobertas:

Um belo dia, pensamentos suaves como a brisa trouxeram-me à lembrança a imagem da minha mãe, apesar de, naquela ocasião, não estamos juntos, nunca me senti tão próximo dela. Vi na tela da minha mente aqueles olhos inesquecíveis, dos quais, o amor irradiava em forma de cândida luz, de seu rosto resplendia ternura e carinhos inefáveis. Sua majestosa presença falava-me ao coração de valores imortais e da grandeza da vida e enchia minh’alma de esperança e de coragem inabalável ante o futuro que, ainda há pouco, parecia-me tão duvidoso.

Então, em êxtase, voz embargada de emoção, fiz esta prece:

- Obrigado, meu Deus, por iluminar e proteger meu caminho com a presença de tão poderoso Anjo da Guarda.

Dedico está crônica, que fia para minha mãe, a todas as mães do Recanto das Letras.