A CASA VERDE MISTERIOSA.

A CASA VERDE MISTERIOSA

A casa só ficava fechada. A casa parecia ter sido pintada recentemente de verde-claro.

Nenhuma janela ficava ou era aberta dias e dias. O pequeno portão ficava sempre chaveado. À noite nenhuma luz era acesa e o mistério confundia-se com o silêncio da rua.

Dia e noite se passavam e a casa sempre fechada. A casa era envolvida num mistério tumular. As pessoas passavam em sua calçada e nenhum movimento era notado.

Dois cachorrões eram o guardiães daquela casa verde ímpar.

Nenhum movimento externo denunciava os moradores da casa. Os transeuntes passavam. Os carros transitavam. E o ar misterioso envolvia a casa verde da Rua Aymorés, no bairro Funcionários, em Belo Horizonte. A casa era antiga, mas bem cuidada e de estilo sóbrio. Ela tinha um pequeno jardim na sua frente. As janelas eram coloniais e o muro que a cercava de pouca altura, demonstrando ser a casa do século passado, não se preocupando com seguridade.

Numa bela manhã viu-se um cidadão entrando na casa. Numa tarde ensolarada viu-se uma senhora de meia-idade abrindo a janela. Mais tempo se passou e a casa continuava misteriosa. Janelas fechadas e o portão trancado.

Um dia ao passar pela Rua Aymorés e ao ver um policial próximo à casa resolvi perguntá-lo quem era o morador daquela casa verde. E veio a resposta: eu também gostaria de saber... Esta casa possui um mistério. Um dia saberemos!

E a casa continuou misteriosa, sob o olhar da estátua do Tiradentes, com um crucifixo à cintura.

F I M.

Limagolf.