Nietzsche está morto!
O Velho Bigode, no auge de sua solidão, fingiu a si mesmo que não precisava dos outros, que bastava a si mesmo, e que seus defeitos eram suas mais voluptuosas qualidades. Exalou tanta sabedoria, altiva certeza – do tamanho do seu fosso – que, mesmo decrépito, julgou ser moço. E sua firmeza soprou serena aos olhos daqueles que tremiam, sua certeza mentida consolou como afago divino. E alguns ingênuos pesares, exclamaram “indubitável”, praquilo que o velho cansado soube ter criado ou fingido.