Por falar em saudade...
Saudade. Tema perene. Assim como o amor. Saudade de um amor, então!... Povoa o universo das letras e do cinema e nos encanta desde sempre. Entre os mais velhos, comum é ouvirmos da saudade da infância. Aquele pé de manacá florido na esquina de casa. O bolinho-de-chuva feito com carinho pela tia. Os banhos no igarapé. As borboletas 88. E por aí vai!
Para quem perdeu pai, mãe, irmãos nos primeiros anos... Onde moraria a saudade? Sem falar dos que sobreviveram nas ruas ou nem tiveram tempo para serem hóspedes da dama da poesia.
Por outro lado, invocando Milan Kundera e sua “Insustentável Leveza...”, chega o tempo em que sentimos saudade até de tempos de guerra. Tempos difíceis, mas que nos constituem por deles sermos parte. Alegrias? Ainda que diminutas aos olhos alheios sua recordação por vezes nos embaraça a visão.
Seria a virtude da saudade mais abrangente que a graça do amor? Se o amor é árvore da qual tudo provém, a saudade é fruto maduro. Talvez a saudade mais doída seja aquela de quem fomos ou saudade do vir a ser. Sentimos saudade do tempo em que ter sonhos era nossa maior riqueza. Havia tanta vida naquele sonhar que amigos mais pobres arrebatavam para seu próprio cumprimento uma parte daqueles sonhos. Louvável!
Porém a saudade que faz parte do indivíduo também permeia um continente. Para aqueles que cresceram sem gostar de futebol e carnaval, no país do futebol e do carnaval, havia uma paixão alternativa. Assim, fomos Emerson, Nelson e Airton na afunilada Fórmula Um. A quem nos deu tanta emoção e que no pódio, enquanto segurava a bandeira do Brasil, agitava a mão em V de vitória, vai hoje minha saudade.
Saudade. Tema perene. Assim como o amor. Saudade de um amor, então!... Povoa o universo das letras e do cinema e nos encanta desde sempre. Entre os mais velhos, comum é ouvirmos da saudade da infância. Aquele pé de manacá florido na esquina de casa. O bolinho-de-chuva feito com carinho pela tia. Os banhos no igarapé. As borboletas 88. E por aí vai!
Para quem perdeu pai, mãe, irmãos nos primeiros anos... Onde moraria a saudade? Sem falar dos que sobreviveram nas ruas ou nem tiveram tempo para serem hóspedes da dama da poesia.
Por outro lado, invocando Milan Kundera e sua “Insustentável Leveza...”, chega o tempo em que sentimos saudade até de tempos de guerra. Tempos difíceis, mas que nos constituem por deles sermos parte. Alegrias? Ainda que diminutas aos olhos alheios sua recordação por vezes nos embaraça a visão.
Seria a virtude da saudade mais abrangente que a graça do amor? Se o amor é árvore da qual tudo provém, a saudade é fruto maduro. Talvez a saudade mais doída seja aquela de quem fomos ou saudade do vir a ser. Sentimos saudade do tempo em que ter sonhos era nossa maior riqueza. Havia tanta vida naquele sonhar que amigos mais pobres arrebatavam para seu próprio cumprimento uma parte daqueles sonhos. Louvável!
Porém a saudade que faz parte do indivíduo também permeia um continente. Para aqueles que cresceram sem gostar de futebol e carnaval, no país do futebol e do carnaval, havia uma paixão alternativa. Assim, fomos Emerson, Nelson e Airton na afunilada Fórmula Um. A quem nos deu tanta emoção e que no pódio, enquanto segurava a bandeira do Brasil, agitava a mão em V de vitória, vai hoje minha saudade.