“Recuo... Mas não desisto! Sabor Canela”.
O segredo que guardo faz ser em mim, um vivente, fora de mim. Busco semear movimentos, que deriva a um refúgio, a uma postura filosófica, que defende a este meu isolamento. Transformo-os em estímulos, em forças construtivas, e num desfile de fantasias de caricias, caminho no dorso dos seus seios, e assim alimento o meu desejo. E nesta comunicação precária, me desloco, em seu corpo de bailarina, um componente de gotas, de “sabor canela”. E compreender está essência, talvez não consiga compreender, este ritmo justifico, com fome e medo, porque são meus sentimentos, que adentram, o meu corpo e a minha alma. Um instinto da alma. Dos meus sentimentos provedor. Recuo, mas não desisto, pois dependo da capacidade, que o ser humano, tem de amar. E assim como um fotógrafo que se apaixona pela bailarina na avenida, projeta fleches e aplausos, contrariando a torcida e plateia. Mas sem querer, entre transpiração, como no ritmo do surdo na avenida, entre gotas no rosto molhado, sufoca o seu amor, e passa assim, viver alimentado, pela lembrança muda. E não importa que destino vá dar só a paixão lhe interessa, pois entende que a aventura deste amor, será sempre... Ela! O sabor canela. Entre desfiles e delírios, se desmancha todo, e desorientado se desnuda, mostra o seu segredo. E desta energia prazerosa, mas fragilizada, percebe que o ser humano, muitas vezes, serve de sentimentos desagradáveis, mais, que nos da prazer. E assim, esta energia gostosa, circula o nosso corpo, se concentra, de uma forma, que nos chama atenção. E desta forma, usa caminhos recheados, e inspira os nossos olhos, como um grande reflexo para nossa alma. E nesta consciência corporal, houve uma vez um escritor Uruguaio Eduardo Galeano num momento de espiração disse: “A Igreja diz: o corpo é uma culpa.” A ciência diz: “ O corpo é uma máquina.” A publicidade diz: “O corpo é um negócio.” E o corpo diz: “ Eu sou uma festa.” E, eu Neire Lú, digo, que o DESABAFO termina por descobrir, que ele é um personagem fantástico, que transforma, e aceita conhecer a verdade.
“Não tens o que possuis, mas tem aquilo que das.”
Não importa ter, o importante é ser; porque o que temos os outros tiram, mas o que somos, os outros não podem tomar.
Neire Lú