Sindrome do Pequeno Poder
O poder cega.
O poder corrompe.
Quer conhecer o tirano? Entrega-lhe o chicote.
A 'mosca azul' pousa sobre os palacianos.
A necessidade de reconhecimento é doentia.
O desejo de 'parecer ser' é muito real à mente insana.
Todo oprimido abriga o opressor dentro de si.
Todo oprimido que não se conscientiza, é um opressor em potencial.
O dominado que não se reconhece como tal, ao alcançar o poder, assume a postura do dominador.
O condicionado que não se conscientiza de sua condição, não transforma sua ação, não se liberta e, ao assumir o poder, irremediavelmente, sua prática será de abuso de poder.
Assim, as relações de poder, verticalizam-se veementemente, sob o comando doentio de egos tiranos, incapazes de se autolibertarem. Refém de si mesmo, o dominador vive amalgmado a pseudo ideia de ser superado pelo outro e, atormentado pelo medo de perder o poder, exerce-o com tirania.
Somente o ego verdadeiramente autônomo, é capaz do exercício de poder com liberdade, sem medo de ser feliz. Exercer o poder com amorosidade é ser capaz de horizontalizar as relações hierárquicas, para além de democratizar, qualificar e humanizar as relações de poder.
Até aí, nada de novo... Tudo isso já se sabe. Não que eu seja expert sobre o tema, ao contrário como aprendiz, a busca me leva a mergulhar ora na teoria, ora na prática. E, esse exercício constante de reflexão sobre a prática, vem apontando-me singulares e significativas descobertas.
A história da humanidade é reveladora... a teoria de diferentes e renomados autores respaldam afirmativas anteriores. No entanto, o já conhecido, estudado, ouvido e lido, nada, nada é comparável, ao vivenciado no dia a dia... Somente o efetivo exercício do poder, permite experienciar, perceber, constatar e, muitas vezes, ter que humildemente, curvar-se diante da teoria de que a "Síndrome do Pequeno Poder" se faz presente no cotidiano dos diferentes espaços de convivência humana, em maior ou menor grau de incidência, mas infelizmente, se faz...