"A viagem. “Um presente ou um encontro ao destino de cada um?”

Quando eu pensei em fazer a minha primeira viagem fora do meu (Estado), foi para que eu pudesse listar mais coisas a serem feitas. E assim misturar o saber as alegrias, como se eu pudesse viver aqueles momentos que iriam trazer até mim.

Que seriam de instantes e de textos observados, para que eu não os perdesse, no (aqui e no agora). Então eis porque neste meu ensejo, eu confesso que nestes meus 60 anos, eu nunca imaginei, ou pensei fazer uma viagem que eu pudesse documentá-la, escrevendo os instantes, os momentos que eu vivi em Fortaleza- Ceará. Percorri caminhos, lugares de praias das mais belas, vistas por meus olhos. E assim como uma aluna aplicada, observadora, captava tudo o que a guia da (CVC) Ligia informava. E do seu sotaque nordestino, fui aprendendo com ela a distinguir uma coisa da outra, exemplo: Estribada- cheia de dinheiro; Lascada- acabou o dinheiro; A mulher vai descansar- vai ter um menino; E outra, de um modo sorrateiro quando estava meio estressada ela dizia (Pela hóstia) e agente ria, e quando eu não lembrava desta irritação, dela, eu perguntava para a minha neta Joyce: “- Como é que a Ligia fala Joyce? Pelos Anjos?” “Não vó!” exclamava ela, e dizia: “Pela Hóstia” e eu ria e falava: “Ah é tudo igual, tudo vem de Deus”.

E assim neste sotaque nordestino, também nós paulistas, fomos objetos de zombarias e chacotas, como quando embarcamos na Jangada e chegamos em alto mar, os jangadeiros perguntaram: “-Alguém quer nadar?” Então eu falei: “-Nossa, tem gente que nada aqui?” “-Tem!” disse ele “-Ah eu não quero, eu não sei nadar”. “-E de onde você é?” disse ele, então respondi “-Sou de São Paulo.” “ Então você deveria saber nadar, pois São Paulo tem enchente”E nesta hora quando alguém povoava nosso espaço, e esboçava qualquer gracinha, que não nos agradava, o melhor éra dar um sorriso amarelo, sem graça e ficar quietinha, porque o que prevalece no momento é a condensação poética que é levada a seu grau máximo. E assim das jangadas e jangadeiros, tivemos os repentistas e guias dos “Paus de Araras”, (Caminhões que levam os sertanejos para o sertão, sentados em ripas finas) onde para descontrair os turistas, eles inventavam algumas piadinhas, como está dos paulistas, onde eles perguntaram; “Vocês sabem por que os paulistas tem rosto comprido?” “-Nãooo!” respondemos” “Não? Então nós vamos falar. É porque quando o menino nasce, o pai fica alisando o rosto do menino, e diz: “Que bebê mais lindo... Será que é meu?”.E assim sendo o tempo curto em Fortaleza, eu tinha que testar a minha a adrenalina neste meus 60 anos, porque na tradição dos cearenses, quem vem a Fortaleza, e não anda de bugue, foi a Roma e não viu o papa. Então como uma guerreira cometia a de cometer o suicídio. E assim das imagens, belas daquelas dunas, eu tive a experiência, de dizer palavrões, ao sabor dos eventos, quando o motorista do bugue decolava como um pássaro sagrado, e de toda sabedoria de um Deus, pousava em lugares apropriados. E neste processo, transformava aquela aventura, como num ritual de magia. E o que era sagrado aparecia, onde em uma velocidade nos dava alegria, nos mostrando como é o paraíso, e como um Deus, ele mostrava as praias mais belas do nordeste de Fortaleza. E destas belezas , naqueles momentos eu pensava “como o nosso mundo é belo, e divino, talvez seja a razão por que um dia Jesus disse que era preciso que nos tornássemos crianças de novo, para ver o paraíso espalhado por toda terra”. E nesta minha teologia cristã, os meus sentimentos por muitas vezes foi de medo. Um medo enorme de que um dia, os homens façam deste paraíso, deste mundo luminoso, maravilhoso. “Um inferno” E neste meu passeio pelas terras cearenses, conheci pessoas diferentes daquelas que estava acostumada a ver. Por tanto tentei fazer amizade com algumas delas. Uma dessas pessoas foi a jovem “Vanessa” a vendedora de sandálias, de um sorriso encantador, mas ao mesmo tempo de um jeito humilde, veio até mim e me ofereceu um par de sandálias, o que fez com que o meu coração ficasse enternecido, e que me fez despertar toda a minha compaixão.

E antes que ela terminasse a explicação sobre o seu produto, eu disse: “- Irei ficar com dois pares, acredito em tudo o que você falou, pois eu já tinha ouvido falar de você e de suas sandálias maravilhosas, pela nossa guia de turismo “Ligia” que ia nos informando de tudo que era bom e de ruim também, por exemplo dos assaltos que poderiam ocorrer se não ficássemos atentos. E assim foi andado pelas ruas de Fortaleza, admirando cada lugar, cada restaurante, e o que é importava para mim é estar ali, éra o grau da importância, da mensagem que ela passava para os meus olhos, e minha mente, de suas praias de aguas mornas, e generosos coqueiros desenhados apenas em sonhos, e de suas brancas areias e dunas, que dançam com o vento, calorosamente abraçados pelos sol do nordeste brasileiro e também de pessoas que sabem exatamente o que querem para suas vidas! Um lugar que foi cuidadosamente desenhado pelas mãos de Deus, um privilégio que eu tive de conhecer.

Reunido num só lugar. Fortaleza Ceará- Brasil. E então como um pequeno barco de velas brancas, fui me afastando com os ventos, e a saudade e a tristeza, já começará a despertar em meu coração, e devagarinho cheguei próximo a janela, e do 16º andar do apartamento do hotel, comecei a olhar o mar e os barquinhos, e as lágrimas rolaram em meu rosto. E da beleza que via, pensei em dedicar estas palavras: “Minha linda Fortaleza, você fascina a todos a quem te visita. Eis bela como uma Deusa.

Despeço de ti com muita tristeza, mas levo comigo a sua imagem, as marcas de todas as nobrezas. E quero lhe dizer duas coisas; é impossível ir embora daqui é impossível ir embora daqui sem chorar, mas é possível ir embora fortalecida de experiências e de uma enorme harmonia mística, de que eu poderia desejar.

E assim me despedindo do mar, das praias e das conchas, do céu de Fortaleza, e como o voo das gaivotas, voei de volta para São Paulo, olhando o mar que se quebrava alisando a areia, me sentindo como se retornasse ao inicio do mundo. E desta viagem irei guardar as lembranças das imagens, cheiros, sons e do toque dos meus pés, de todos os lugares que pisei. E desta forma, a melhor parte e o aprendizado, voltei desta viagem, melhor do que eu era antes. E entre outras coisas, viajar nos ensina a amar nosso lar, nosso país, nossa gente. E da mesma forma que fui, voltei, junto de minha neta Joyce, onde nós duas juntas, realizamos um sono, que talvez nem sabia que tínhamos sonhado. E por que Deus me deu mais este presente? Não sei... Mas eu entendo que: “ O que for a profundeza de teu ser, assim será, teu desejo.”

O que for o teu desejo, assim será tua vontade.

O que for a tua vontade, assim serão teus atos. O que forem teus atos, assim será teu destino. E se eu olhar mais de perto, irei ver que está viagem, poderia se definida como a viagem de encontrar ao destino de cada um. E assim, neste momento, eu encerro o que flui, em minha alma. A imagem de um mundo, que através dessa infinita força, mostra para mim, a infinita sabedoria e o infinito amor de DEUS. Porque, o BRASIL é tão perfeito, como o é no mundo, nas imagens, vista por mim. DEUS, MUITO OBRIGADO POR ME FAZER NASCER E CRESCER, NESTA PÁTRIA CHAMADA BRASIL !!!

29/02/12

Vovó Melão

Madame X.

Nonna Melone

Grann Melone

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Neire Lú
Enviado por Neire Lú em 25/04/2012
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