A Divina jurisprudência
Jurisprudência:
“Sob a primeira perspectiva é definida como o conjunto das soluções dadas pelos tribunais às questões de Direito.” (Wikipédia)
O fato de estarmos todos no mesmo barco, ( o dos pecadores) nos veta, “à priori” o direito de julgar nosso semelhante. A Bíblia ensina, aliás: “Não julgueis para que não sejais julgados”. Mat 7; 1
Entretanto, em outros textos ela se “contradiz”, senão, vejamos: “...Ora, se o mundo deve ser julgado por vós, sois porventura indignos de julgar as coisas mínimas?” I Cor; 6; 2 Aparentemente, Paulo contraria ao Salvador; entretanto, precisamos ver melhor isso.
Qual será o “juízo” para o que julgar, segundo o Senhor? “porque com a medida que tiverdes medido, medirão a vós.” O que o Senhor vetou foi o julgamento temerário, de um “juiz” igual ao réu em culpa senão maior. “Porque reparas no cisco que está no olho de teu irmão, estando com uma trave no teu?” Perguntou.
Ele mesmo ensinou em que bases se dará o julgamento; “Quem rejeitar a mim, e não receber as minhas palavras, já tem quem o julgue; a palavra que tenho pregado, essa o há de julgar no último dia.” Jo 12; 48
Quando apresentamos ensinos contidos em Sua Palavra não estamos julgando, apenas, aplicando a “jurisprudência assentada” que herdamos de um tribunal superior, Deus.
“Por mais que exista uma jurisprudência assentada/dominante sobre uma determinada questão jurídica, nada impede que no futuro, um tribunal venha a decidir de uma maneira distinta. Contudo, por comprometerem a segurança jurídica e a própria autoridade do Poder Judiciário, modificações jurisprudenciais efetuadas por tribunais inferiores são algo extremamente raro.” (Wikipédia)
Nossas mentalidades, pois, em ralação a Deus são “tribunais” irrisórios, insignificantes, de modo que a segurança jurídica e a autoridade do Juiz Todo-Poderoso precisam ser preservadas.
Então, minorias comportamentais que querem privilégios que nem a maioria pleiteia; imunidade crítica; ora nos chamam de hipócritas, por dizermos que determinada postura é contrária ao juízo de Deus; outra, nos exortam a não julgar.
Ontem deparei com dois textos agressivos mais anti-bíblia, que pró homossexualismo. Num, o articulista dizia: “sou gay e daí, fora o preconceito, e a Bíblia, aquele mito, livro de homens, eu creio em Deus, mas não em mitos” Ou algo assim, não é uma citação literal.
No segundo, o mesmo autor nos exortava a não julgarmos, pois, somos todos pecadores, portanto, segundo ele, não podemos, afinal, perfeito apenas um, Jesus Cristo. (???)
Ora, primeiro chutou o balde dizendo que a Bíblia é indigna de crédito, só um mito; depois, evocou sua figura central, Jesus Cristo, como apoio ao seu argumento. Isso mostra que tal revolta não procede de uma mente esclarecida, mas, de uma vontade decidida a se impor a todo custo.
Quem disse que é preciso rasgar a Bíblia para, ser gay? Se ela é só um mito, nada a temer.
Hipócritas seríamos se ocultássemos nossos erros denunciando os de terceiros, não é caso; não conheço sequer um pregador que afirma que não peque. Mas, via de regra, os homens de Deus já tiraram as “traves” de seus olhos, quando, convencidos pela Palavra, mudaram seu modo de viver; embora ainda falhem, não se justificam, antes, confessam e buscam perdão, lutando sempre para melhorar.
Então no que tange a não julgar, já o fazemos. Ao apresentarmos o julgamento de um tribunal Superior, nada valem nossos conceitos pessoais.
Quanto à exortação que seremos medidos com a mesma medida que medirmos, é justamente o que esperamos. Como vale para nós, que o juízo de Deus valha para todos, ou seja, a mesma medida.
Se alguém usa a Palavra de Deus de maneira ilegítima, a mesma Palavra se encarrega de anunciar o veredicto: “E tu, ó homem, que julgas os que fazem tais coisas, cuidas que, fazendo-as tu, escaparás ao juízo de Deus?” Rom 2; 3
Conhecer e saber interpretar a Palavra de Deus, pois, não é julgar; antes, aplicar a “Jurisprudência” de um tribunal Superior.
Como poderia alguém exortar ao abandono do pecado sem ter a menor ideia do que ele seja? Isso só é possível conhecendo o quê, Deus conceitua assim.
Apresentar os conceitos de Deus nunca poderá ser preconceito; afinal, segundo entendo, preconceito é um juízo, valoração, conceito, prévio, anterior ao conhecimento das atitudes de alguém, e desconheço alguma coisa do universo a qual se possa afirmar que é pré- Deus.
E a Jurisprudência serve tanto para balizar parâmetros comportamentais, quanto para punir eventuais desvios das metas que a mesma preceitua.
“A ignorância nos dá o prazer, de expressar admiração com uma critica de má qualidade.” Elanklever