História de meu pai e de um amigo que falava do espelho da consciência
Levanto cedo; isso é algo só necessário. O sono e pouco sonho vem sendo rotina.
Carro ao solo e direção atenta com as placas da estrada. Mesmo assim, lá que não erro?
Dois desvios do percurso, não sei o caminho; é como um viajor do mundo, o motorista ou chofer é aquele que vai à frente, difícil é a ré pois atrás pode ter um rasco do solo e o veículo ficar alí emperrado...
O sol a pino e não chegar me deixa num desatino... Mas, que bom, cheguei.
Provas e fatos, a vida estudantil e acadêmica é disciplina dura e os olhos, meus olhos ficam com olheiras fundas... de tanto ler e reler...
Penso que alguns estão a lavrar o campo: eu a minha vida. Outros, escadas sobem; ainda muitos, correm riscos pintando janelas e prédios; eu no meu carro.
Outros morrem no mar, outos no ar e eu, não sei... Tudo tem sua hora.
A morte é o elogio benjaminiano de narrativas sem fim... Só que a Guerra faz calar terrivelmente quaisquer narradores... Os olhos baixos, cansado e sem histórias...
Até pouco tempo, no interior, ouvi meu amigo Eugênio Carmindo: bom contdor de histórias e sua voz amiga e cadenciada me confidenciou:
- Um retrato à parede para meu pensar: alegria quando o bem o filho vai praticar;
contudo, se o mal cair, ele ao pai faz chorar. O retrato fala e funciona como espelho da alma da visão... E a alma se vê nele porque há um cuidado do pai a registrar a história por um dia no coração do filho e ter a vida inteira a praticar a virtude - para o filho entender o bem e evitar o mal... E será que há pai como meu pai que me ensinou a ser social com todos... e a praticar a solidariedade e a caridade?
Nem sei se os meninos de hoje ainda falam assim de seus pais; e você?