Filhos: Menino ou menina?
Há uma forma bastante interessante de começar uma discussão no meio virtual: Cite o conceito de algum especialista (?) no que quer que seja, omita sua verdadeira razão para isto e ao final afirme que se é “contra” a afirmativa.
Ora, se alguém expõe algum assunto, comenta e compartilha, obviamente concorda com ele ou está buscando alimento para o ego. Negar é assumir o muro como lugar favorito e deixar que pessoas ignorantes ou acometidas de razão equivocada, façam as vezes de solidária. Pensou em postar, assume que deseja a razão. Mesmo porque, segundo o próprio Freud “o pensamento é o ensaio da razão”. Logo...
Os dois lados da moeda estão sempre presentes na vida das pessoas. Desta forma, quem tem filhos e quem não os tem, seja por opção ou empecilho, às vezes emperra na discussão sobre que lado seria melhor, mais adequado etc. E todos têm sua verdade como absoluta e imperativa. Isto já é obsoleto para se discutir. No entanto, uma nova modalidade surgiu, segundo postaram, através de Sigmund Freud, que teria afirmado que o nascimento de um filho homem completa a mulher. Como assim? E filha mulher faz o que então? E quando o filho decide ser filha, a mulher se “descompleta”? E o contrário, completaria a mulher? Poderia apenas constar como mais uma bobagem que usuários despejam sobre o famigerado mundo virtual, não fosse a complexidade de tal afirmação.
Vamos falar com seriedade: A preocupação deveria girar em torno de uma educação mais qualificada por parte dos pais, mais amor e dedicação por parte das escolas, mais eficiência em tratar de assuntos comportamentais por parte de governantes e não subtrair de nós a parca paciência em alterar egos femininos em nome do gênero dos filhos. Ora, ser mãe, sem nenhuma dificuldade em gerar, sem dispêndio de nenhuma acrobacia física ou financeira, já deveria ser o bastante para ser feliz com a prole. Buscar meios de estrangular a felicidade adquirida em nome de uma competição absurda sobre “o que é melhor, menino ou menina, quais benefícios de se ter apenas do sexo tal e não do outro tal” é extremamente ridículo. É pura necessidade de alinhar egos. Ofuscar a estrela de quem está brilhando demais e pior, centralizar uma bobagem num meio onde deveria era se discutir os rumos de uma educação de valores éticos e morais que norteiam a verdadeira razão da humanidade existir. Banir os pré-conceitos que desmontam lares e corações e pensar na medida de formar cidadãos antes mesmo de educarem-se os filhos. Quem ama e educa, nem toma conhecimento de diferenças sexuais.
Ter filhos é uma responsabilidade que somente alguns compreendem. Felizmente, conceitos como estes estão em farta discussão há anos e até mesmo Freud precisa de reciclagem. É preciso respeitar quem não deseja ter filhos e mais ainda quem os tem, ama, sabe educar e é feliz sem estas bobagens de se completar ou não. Ser mãe é maravilhoso, porém mais importante é se respeitar e se sentir completa sem que isto seja condicionado ao que quer que seja.
Abraços.
Dona Cris.