GUERRA É GUERRA

"Sabe, no fundo eu sou um sentimental Todos nós herdamos no sangue lusitano uma boa dosagem de lirismo (além da sífilis, é claro)”.
“Mesmo quando as minhas mãos estão ocupadas em torturar, esganar, trucidar, meu coração fecha os olhos e sinceramente chora..."
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"Meu coração tem um sereno jeito
E as minhas mãos o golpe duro e presto,
De tal maneira que, depois de feito,
Desencontrado, eu mesmo me contesto.
Se trago as mãos distantes do meu peito
É que há distância entre intenção e gesto
E se o meu coração nas mãos estreito,
Me assombra a súbita impressão de incesto.
Quando me encontro no calor da luta
Ostento a aguda empunhadora à proa,
Mas meu peito se desabotoa.
E se a sentença se anuncia bruta
Mais que depressa a mão cega executa,
Pois que senão o coração perdoa".


Esses trechos são de Ruy Alexandre Guerra Coelho Pereira e Francisco Buarque de Holanda e fazem parte da música Fado Tropical.
O Luso-Moçambicano, Ruy é cineasta, poeta, escritor e foi casado, com as musas Leila Diniz, Nara Leão e Cláudia Ohana (tem ou não bom gosto meu primo*?) é ainda pai das atrizes Janaina Diniz e Dandara Guerra... preciso falar mais?

*Meu primo é brincadeirinha
Wilson Pereira
Enviado por Wilson Pereira em 03/04/2012
Código do texto: T3591612