EDUCAÇÃO, UM COMPROMISSO E UM SACERDÓCIO!
Será que nossas Escolas no Brasil se transformarão em palco para os embates do UFC? É o que está parecendo, tantas são as agressões de alunos contra professores, alunos contra alunos, mãe de alunos dando um péssimo exemplo etc.
Complicando um pouco mais esse quadro caótico e de penúria educacional, a Assembléia Legislativa do Rio Grande do Sul, aprovou um reajuste salarial escalonado aos professores a serem pagos da seguinte forma: 9,84% em maio, mais 6,8% em novembro e 6% em fevereiro de 2013, somando 23,51%. A proposta do Governo já fora rejeitada anteriormente pelos professores em assembléia. No entanto, o índice foi mantido e enviado a votação.
O secretário estadual de Educação gaucho, José Clovis de Azevedo, reafirmou que o governo trabalha com a lógica de reposição da inflação (reajuste com base no INPC, e não na variação da receita do Fundo de Desenvolvimento para a Educação, o Fundeb, como determina a regra que criou o piso nacional). E afastou a possibilidade de outro aumento salarial para este ano. Existe, segundo ele, hipótese de outro aumento escalonado entre 2013 e 2014, no total de 28,98%.
Talvez, por isso, a educação gaúcha seja entendida como a presença da mãe de uma aluna espancando outra aluna de 14 anos, na porta da Escola Estadual Antônio Gomes Corrêa, em Gravataí, na Região Metropolitana de Porto Alegre.
As razões da agressão é o que menos importam, mas a diretora Fátima Garcez disse que nada poderia fazer além de elaborar um relatório e encaminhá-lo ao Ministério Público!
Como não? Então é melhor fechar a Escola Antônio Gomes Corrêa, demitir a diretora e devolver os alunos aos seus lares porque se escola não for mais um local de socialização, de educação para que servirá, então? Para palco do UFC? Espero e desejo que não, mas Fátima Garcez, a diretora, deve explicar para que uma escola de hoje se destina! Se é que existam propósitos outros que não o ensino-aprendizagem dos alunos, pelo exemplo dos mais velhos! Mas que exemplo será esse?
Só encaminhar um relatório para a Promotoria Pública é muito pouco!
Será que a diretora não se apercebeu que educação e a própria escola que ela dirige são duas coisas sérias e não dependem só do Estado, da família ou da sociedade para promover o processo educacional?! Cadê a família nesse lamentável caso? Com toda razão, a mãe da aluna agredida disse “se minha filha agrediu em sala de aula a filha dela, que viesse me procurar que eu resolveria em casa”. Cadê a Escola, que não se volta à comunidade além de seus muros e portões? Cadê a sociedade que não se une em uma corrente do bem em defesa de uma excelente educação?
Se a diretora não sabe do que estou falando, explicarei: sociedade existe desde quando as pessoas deixaram de viver em estado de natureza, de selvageria, de barbarismos, há muito séculos passados, e decidiram abdicar de seus direitos da força bruta em nome de um Estado que mediasse seus conflitos de interesses e passaram a eleger seus representasse coletivamente!
Como professor aposentado, como educador e como cidadão, sinto-me envergonhado pelas declarações de colega “educadora”, Fátima Garcez. Será que ela está revoltada porque os professores gaúchos não receberão o Piso Nacional de Salários determinado pelo MEC?
Acho que não! Uma Ação Direta de Inconstitucionalidade – ADIN, direta no STF derrubará a votação da ALE Gaúcha, porque nenhuma lei federal é considerada inferior a uma lei estadual. Isso se a justiça ainda for séria como acredito que ainda o seja.
Educação não é somente salário; mas compromisso e sacerdócio também!