Auto conciência ambiental
Nos últimos tempos tem chamado a atenção o grande exército que tem se formado no combate a degradação ambiental. Os meios de comunicação tem tentado embutir na população uma consciência para com o ambiente que deveria ser ensinada em nossos lares. As pessoas estão cansadas de saber que jogar lixo no chão, além de ser falta de educação, pode causar grandes transtornos a rede de esgoto local. Como máquinas que não pensam, estamos sempre a esquecer o que temos que realmente fazer.
Escovamos nossos dentes e deixamos a torneira aberta, tomamos banho e esquecemos que a água que desce pelo ralo não volta mais. Estamos sempre a trocar os nossos eletrônicos mesmo quando ainda não estão realmente ruins. Deixamos bens de consumo se deteriorarem por falta de manutenção, pois é mais fácil e mais prático comprar um novo produto do que consertá-lo.
Os utensílios domésticos e embalagens são jogados no lixo indiscriminadamente, muitas vezes com dor na consciência, mas desculpas são sempre usadas tentando eximir as responsabilidades pelo desleixo no dia a dia. Pequenos gestos como reutilizar papéis como rascunhos, fechar as torneiras nos intervalos das higienes bucais e corporais, comprar produtos que possam ser reutilizados, plantar arvores e plantas ao invés de sair cimentando todos os pedaços de terra que estão ao alcance de nossos olhos, o que prejudica o reabastecimento dos lençóis freáticos, são atitudes que em conjunto trarão um benefício imenso.
Comecei a analisar a seguinte questão: hoje as coisas em geral são feitas sob medida para o uso sem sobras. A exemplo, um determinado fabricante diz que determinado produto tem certa capacidade ou só funciona bem sob determinada circunstancia, e nós em nossa eterna esperteza queremos levar o produto aos seus limites e muitas vezes ultrapassando os mesmos, em consequência o que acontece é que esse mesmo produto apresenta defeitos antecipadamente.
Outra realidade é a seguinte, antes tínhamos muito mais produtos feitos artesanalmente. Eles eram mais caros devido a baixa produção, e consequentemente tínhamos mais cuidados com os mesmos. Ocorre que nossa busca incessante pelo melhor, mais moderno, mais bonito, que esteja na moda acabou nos trazendo um grande problema ambiental, e como já abordado, a nossa consciência ambiental deve começar em nossas casas, primeiro reciclando velhas ideias e velhos conceitos, adaptando-nos aos novos parâmetros ambientais reeducando-nos e educando nossos filhos e amigos. Começando com pequenos gestos poderemos chegar ao nosso objetivo.
Tenho sempre recebido e-mails com a seguinte frase; “não precisamos deixar um mundo melhor para nossos filhos e sim filhos melhores para o nosso mundo”. Apenas digo que devemos nos tornar os primeiros bons filhos deste mundo atual.
Allan Ribeiro Fraga