Somos Descartáveis?
Lendo uma coisa aqui outra ali, peguei-me a pensar em nossos condicionamentos. Somos condicionados o tempo todo, condicionados entre quatro paredes, entre palavras, entre escolhas, opções sexuais, há condicionamentos infinitos, livres, ao contrario de nós.
Saíndo desses limites, pronto, somos excluídos desses grupos limitantes. Oras, somos então descartáveis?
Li entre outros textos, a crôncia da Lenapena onde abordava o tema sobre sermos substituíveis. Para sermos substituíveis seremos também descartáveis. E somos.
Engana-se quem pensa que o mundo gira ao redor de nossos umbigos, não gira. Lembrei-me do caso do marido, anos de casamento, ela jurava que ele a amava, nunca a deixaria. Ledo engano, não só a deixou, como o fez por uma garotinha completamente diferente da ex esposa. À jovem tudo cedeu. Tudo que sempre dissera odiar no primeiro casamento. E parecia feliz, muito feliz. A ex esposa? Simplesmente abriu os olhos para a realidade, dura realidade.
Ele, anos mais tarde também foi descartado e trocado.
Acredito que no caso acima, a esposa por algum motivo aos olhos do marido não estava mais dentro dos requisitos por ele exigidos para ser amada e desejada. Assim, descartada foi.
O mesmo acontece em outros setores de nossas vidas, infelizmente, a um clic do mouse, a um deletar de emails, de textos, pronto. Lixeira e descarte. As relações vão se vitimando nas mãos do imediatismo. Processadas à toque de caixa, rasas, sem profundidade porém ainda assim pautadas em regras, em exigências e em muros.
E em um site de tamanha rotatividade como é o Recanto, esperar que sejamos mais ou menos que outros membros é utopia. Talvez façamos diferença para aqueles que nos leem e nos comentam, mas também esses, no frigir dos ovos nos substituirão com o tempo.