O BANDEJÃO, OS RESTAURANTES E O MINISTRO.

O BANDEJÃO, OS RESTAURANTES E O MINSTRO.

Pela segunda vez fui almoçar no restaurante popular.

A fila para comprar fichas estava enorme. Gente de todos os lugares para lá acorriam para almoçar. Gente de chinelo de dedo, gente bem vestida, gente engravatada. Gente nova, gente adulta e gente idosa. Cheguei por lá às 12:30 horas.

Entrei na fila dos adultos. Um cidadão puxou conversa comigo. Escutei-o. O moço falava da carestia. Um pé de alface custou-lhe um real. O restaurante cada vez enchia mais de gente. Senhoras e senhores entravam na fila dos idosos. Moças comentavam suas vidas. Moços comentavam suas vidas.

Chegou a minha vez. Peguei o bandejão. Pedi pouca comida. A comida era farta: arroz, feijão, macarrão, carne, salada de beterraba, uma laranja de sobremesa. Assentei-me no banco para alimentar-me.

Enquanto comia veio-me à lembrança o bandejão do refeitório da Academia de Polícia Militar, no Prado Mineiro, onde fiz o Curso de Formação de Oficiais. Lembrei-me de que há quarenta anos me alimentava no bandejão, como o fazia agora novamente. A comida era de primeira qualidade. Matei a minha fome. Levantei-me. Entreguei o bandejão e saí para terminar meus quefazeres do dia.

Lembrei-me dos colegas. Lembrei-me da minha juventude. Lembrei-me que a história se repetia e que desta vez lá estava eu num restaurante popular, novamente, onde o bandejão era vendido a dois reais e a sopa da noite a um real.

Obrigado Ministro Patrus Ananias pelos dois restaurantes populares que hoje funcionam em Belo Horizonte/MG e que matam a fome de muitas pessoas, a preço módico, inclusive a minha. Sua ideia e sua obra continuam dando bons resultados positivos.

Que Deus o abençoe!

F I M.