WHITNEY HOUSTON – O show terminou.

Por Carlos Sena


 
Amy Winehouse e Whitney Houston – duas grandes cantoras -  uma britânica e a outra americana, mas que se fixaram na música pelo mundo inteiro. Certamente que conhecemos mais o trabalho de Whitney do que de Amy por questões óbvias de gosto musicais. Hoje, dia 12 de fevereiro, o mundo amanheceu lamentando a morte de Whitney. Penso que devemos mesmo lamentar quando um bom artista morre. Ou apenas se transfere para seu lugar de estrela que é no céu. Nestes dois casos mais recentes há controvérsias não no conteúdo, mas na forma em que as cantoras transformaram suas vidas. O ofício do cantor é cantar, certo? Nem sempre. No caso das artes em que seus mentores transcendem ao imaginário popular, há que se levar em conta outras questões, inclusive questões particulares. O nosso Rei Roberto pode em sua trajetória de vida se prestar para o que estamos querendo articular. Ninguém mais que ele mexeu positivamente com nossa emoção, nosso sentimento e nosso desejo de ser feliz junto de alguém ou sozinho (há quem não goste dele, mas ignorar seu valor é absoluta insensatez). A discrição de Roberto é fantástica: não se declara partidário de políticos; não se envolve em polêmicas e orgias sexuais; não deixa sua vida particular chegar aos jornais; ajuda, financeiramente, amigos artistas sem que ninguém saiba, etc. Deve ter lá seus hábitos bons e maus posto que é humano, mas ele sabe como poucos o que significa para muitos. Talvez por isto zele tanto pela sua imagem, o que infelizmente não acontece com a grande maioria dos astros da música americana, inglesa, brasileira, etc. Poderiam argumentar: mas o fato dessas cantoras tomarem drogas e terem uma vida afetiva conturbada não é problema nosso! Em tese sim, mas não é assim que a vida funciona nesses casos. Quando a gente se identifica com um artista, inconscientemente se estabelece uma afinidade de gosto senão os fã clubes não teriam como subsistir em si mesmos. Idolatria? Certamente que sim. Mas é isto que os jovens de hoje fazem muito bem, talvez por falta de uma “IDEOLOGIA” (olha o Cazuza aí gente) que os mantenha com outros ideais concomitantes. Falta de limites dados pelos pais? Certamente, mas não apenas! Se assim fosse seria reducionista demais e colocaria na mão dos pais poderes sobrenaturais em detrimento dos filhos que seriam, por assim dizer, marionetes. Não é assim que funciona hoje, como vemos todos os dias. 

No caso particular das cantoras a gente fica meio que imaginando: como pode tanto dinheiro, poder e fama não servir para que esses ídolos sejam pessoas livres, mas com responsabilidade, para curtirem com naturalidade o lado bom da vida? Há muitas cantoras e cantores americanos e brasileiros que não entraram nessa, mas os que entram têm um grande diferencial que é o da IDOLATRIA que carreiam por conta do sucesso alcançado com o ofício de cantar. Quem não se lembra da nossa Elis Regina? Pra quem não sabe ela morreu com uma overdose de cocaína.  Nessa questão de Idolatria, quem não se lembra da passagem do bezerro de outro que foi construído para substituir Moisés quando foi ao Monte Sinai? Pois é. Na falta de Deus qualquer “bezerro/a” de ouro serve para compor um remendo emocional e afetivo que logo passa para que novo bezerro seja feito e depois mais outro para que, de novo volte a passar.

A questão é, como tudo faz crer, de estrutura dos fãs. É bom ser fã, mas fanatismo é doença e doença deve ser combatida. Mas, a IDOLATRIA é doença que poucos sabem como fazer para não entrar nela por alguém ou por alguma coisa. Parece mesmo que quanto mais se desenvolve idolatria, menos se ama a si mesmo. Esta corrente me parece mais precisa posto que se desenvolva no íntimo de cada pessoa, em função dos valores que ela não teve, que não terá ou que tendo, são frágeis. Resultado: Ídolos de pano e fanáticos entrando pelo cano!

Essa história de achar que ninguém esquecerá um grande ídolo que morreu é bobagem. Um grande ídolo, por ser grande se perde na imensidão do infinito e vira purpurina. Que jamais os fãs esquecerão isto é conversa de jornalistas e outros cantores e artistas que, diante da notícia da morte de um colega, logo se expressam nesse viés. O tempo passa. A música não passa. A saudade pode ser que não passe tão rápido assim, mas passará. Só aos gênios das artes é atribuída a fração da quase eternidade como é o caso de Luiz Gonzaga e mesmo de Frank Sinatra e alguns outros. Lamentamos que esses cantores morram tão precocemente, mas eles não nos pediram licença pra serem drogados e prostituídos. Tanto foram donos das suas vidas que as levaram precocemente para o fim. Os fanáticos que se lixem em si mesmos. Fiquem chorando na porta dos velórios, já que quando pai e mãe morrem dificilmente tem uma lagrima para chorar por gratidão. Não é a regra, mas sendo exceção já me serve no contexto.

O Show terminou, que pena!


Cantores e as Drogas 
Transcrito do bog http://acervodorockroll.blogspot.com/2008/12/cantores-e-as-drogas.html)

Alguns Cantores e as drogas

1966 - O cantor Nelson Gonçalves foi preso com cocaína e acusado de tráfico.

1968 - John Lennon e Yoko Ono foram presos em Londres (Inglaterra) por porte de drogas. 

1976 - Gilberto Gil foi preso com uma pequena quantidade de maconha. Acabou recolhido à cadeia pública, mas admitiu que fosse usuário. No mesmo ano, Rita Lee foi flagrada com maconha e pegou um ano de prisão domiciliar. 

1982 - A cantora Elis Regina foi encontrada morta em seu apartamento, depois de ter ingerido uma dose excessiva de álcool e cocaína. Ela tinha 36 anos. 

1986 - Arnaldo Antunes foi condenado por tráfico de heroína e pegou três anos de prisão domiciliar; Tony Bellotto foi condenado a seis meses por porte da droga e cumpre a pena em liberdade. 

1988 - Lobão cumpriu em liberdade os nove meses de prisão a que foi condenado por porte de maconha e cocaína. 

1997 - Depois de um show em Brasília, os integrantes do grupo Planet Hemp foram presos por apologia ao uso de drogas. Passam 12 dias na cadeia. 

1998 - Rafael Ilha, ex-integrante do grupo Polegar, foi preso depois de ter roubado um vale-transporte e 1 real de uma moça em São Paulo. O dinheiro seria utilizado para a compra de crack. Dois anos mais tarde, foi preso com dois papelotes de cocaína. Em setembro de 2007, foi detido mais uma vez, agora por perseguir um ex-interno de sua clínica de reabilitação para dependentes químicos. Rafael foi mais uma vez para a cadeia em 1º de julho de 2008, acusado de tentativa de sequestro. 

2003 - Sander Ewerton Mecca, um dos integrantes da banda Twister, foi preso em um bar de São Paulo (SP). Ele estava com uma cigarreira com dez micropontos de LSD, oito comprimidos de ectasy e um papelote de cocaína. O cantor alegou que a droga era para consumo próprio, mas os policiais afirmaram que ele estava vendendo os produtos. 

A polícia resolveu dar uma vistoria no carro do cantor Art Garfunkel, que foi parado por dirigir em alta velocidade. Acabaram encontrando na busca um cigarro de maconha. 

2005 - A cantora norte-americana Whitney Houston se internou pela segunda vez em uma clínica de Nova York (EUA) para se tratar contra o vício em drogas. Um ano antes ela havia concluído um tratamento similar. Whitney admitiu ser viciada em uma entrevista dada à rede de televisão ABC em 2002. Na época, disse estar usando o poder da oração para superar o vício.
Morre no dia 11 de fevereiro de 2012 em situação suspeita, mas a causa morte está sendo investigada, pois ela aparentemente afogou-se na banheira do hotel em que estava hospedada. 

A polícia flagrou Victor Edward Willis, cantor da banda Village People, portando cocaína e uma pistola calibre 35. Quando interpelado, o músico mentiu sobre sua identidade e endereço. Ainda estava com a carteira de motorista vencida. 

2006 - O cantor George Michael foi encontrado deitado sobre o volante de seu carro no centro de Londres (Inglaterra). As autoridades o prenderam por suspeita de uso de drogas como maconha, tranquilizante e analgésica.