Tragédia da 13 de maio, eu poderia estar lá...
Benedita Azevedo
Rio de Janeiro, sexta-feira, 03 de fevereiro, 17 horas... Na Cinelândia a galera festeja a vida nos bares e restaurantes da redondeza. O Amarelinho estende seus domínios atravessando a rua com mesas e cadeiras lotadas pela clientela animada. Aos pés da Biblioteca Nacional, do Teatro Municipal e Museu Nacional os cariocas e turistas passam horas e horas curtindo o lado bom da vida.
Tendo eu voltado ao Rio de Janeiro, hoje, depois de passar vinte e três dias no Maranhão, onde fui tomar posse como membro fundador da Academia Itapecuruense de Ciências, Letras e Artes (AICLA), estava curiosa para ver o local onde desabaram três prédios, à Rua 13 de Maio. Senti uma estranha sensação ao me aproximar do local. Em 2006, quando procurava apartamentos ou sala para comprar, no centro, com o objetivo de ali fazer as reuniões do Grêmio de haicai que estava organizando e outras atividades docentes, o corretor, José Azevedo, me levou para ver ali, perto da Cinelândia, uma sala, mas, já a tinham vendido. Naquele dia, fiquei chateada, pois, o local me parecia ideal para o que eu pretendia, dar aulas particulares de Português e fazer as reuniões do Grêmio. Quando pensei em comprar um pequeno apartamento nas imediações da Cinelândia, não pretendia morar nele, mas ter um local no centro da cidade para lecionar, pois, acabara de me aposentar e estava com dificuldade de desacelerar.
Comprei o apartamento à Rua Evaristo da Veiga, mas, sempre que passava pela Rua 13 de Maio e olhava o prédio com sacada arredondada, mais central que o Evaristo da Veiga, pensava que aquele local, ao lado do Teatro Municipal, seria mais bem localizado para as reuniões do grêmio, pois com o tempo desisti das aulas.
Entretanto, hoje, ao parar ali em frente aos prédios desabados, minhas pernas tremeram, um estranho arrepio percorreu minha coluna e senti tontura. Apoiei-me na proteção que isolava o local e agradeci a Deus por não ter comprado ali o meu imóvel.
Benedita Azevedo
www.beneditaazevedo.com
Benedita Azevedo
Rio de Janeiro, sexta-feira, 03 de fevereiro, 17 horas... Na Cinelândia a galera festeja a vida nos bares e restaurantes da redondeza. O Amarelinho estende seus domínios atravessando a rua com mesas e cadeiras lotadas pela clientela animada. Aos pés da Biblioteca Nacional, do Teatro Municipal e Museu Nacional os cariocas e turistas passam horas e horas curtindo o lado bom da vida.
Tendo eu voltado ao Rio de Janeiro, hoje, depois de passar vinte e três dias no Maranhão, onde fui tomar posse como membro fundador da Academia Itapecuruense de Ciências, Letras e Artes (AICLA), estava curiosa para ver o local onde desabaram três prédios, à Rua 13 de Maio. Senti uma estranha sensação ao me aproximar do local. Em 2006, quando procurava apartamentos ou sala para comprar, no centro, com o objetivo de ali fazer as reuniões do Grêmio de haicai que estava organizando e outras atividades docentes, o corretor, José Azevedo, me levou para ver ali, perto da Cinelândia, uma sala, mas, já a tinham vendido. Naquele dia, fiquei chateada, pois, o local me parecia ideal para o que eu pretendia, dar aulas particulares de Português e fazer as reuniões do Grêmio. Quando pensei em comprar um pequeno apartamento nas imediações da Cinelândia, não pretendia morar nele, mas ter um local no centro da cidade para lecionar, pois, acabara de me aposentar e estava com dificuldade de desacelerar.
Comprei o apartamento à Rua Evaristo da Veiga, mas, sempre que passava pela Rua 13 de Maio e olhava o prédio com sacada arredondada, mais central que o Evaristo da Veiga, pensava que aquele local, ao lado do Teatro Municipal, seria mais bem localizado para as reuniões do grêmio, pois com o tempo desisti das aulas.
Entretanto, hoje, ao parar ali em frente aos prédios desabados, minhas pernas tremeram, um estranho arrepio percorreu minha coluna e senti tontura. Apoiei-me na proteção que isolava o local e agradeci a Deus por não ter comprado ali o meu imóvel.
Benedita Azevedo
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