Apologia da Corrupção e os Poucos Combatentes
Desde que me entendo por gente, sempre li e ouvi sobre corrupção. O pior, com anuência de muitos da população. Colhi alguns ditados populares de incentivo a essa maldita praga. Nos anos 50 ouvi de um figurão da politicagem este escárnio: “ O maior crime na política é perder eleições.”
Um ditado muito citado: “ quem rouba de ladrão tem 100 anos de perdão.”
Também ouvi muito este: “quem rouba tostão é ladrão, quem rouba milhão é barão. ”
Ouvi muitas vezes este ditado fedorento: “quem não rouba ou não herda, só vive na merda.”
Um ditado que já ouvi de eleitores convicto de apoio à tal prática: “rouba,mas faz.”
Um ditado terrível: “ os honestos são os bobos da corte.”
Um político disse em São Paulo: “quebro o banco do Estado de São Paulo, mas faço o meu sucessor.”
Mesmo no tempo do regeme ditatorial surgiu à lei de Gerson: “Mania de levar vantagem em tudo.”
Um corrupto envolveu São Francisco de Assis: “ é dando que se recebe.”
Até no meio estudantil começa às falcatruas com o conhecido bordão: “ quem não cola não saí da escola.”
Contudo temos algumas vozes de firme combate à corrupção. Vejamos:
Rui Barbosa: “haverá um tempo em que o homem terá vergonha de ser honesto. “
Um juiz disse: “ o bom é ser honesto, não tem concorrência. “
Um cientista político disse: “se não cassarem os corruptos eles vão cassar os honestos.”
John Randolph, senador americano disse: “ o mais delicioso dos privilégios é gastar o dinheiro dos outros.”
Homero escreveu: “ Agamenon é o pastor do povo, mas também como tal, protege os rebanhos, mas também tosquia a lã e come à carne dos carneiros.”
Getulio Vargas: “ os ministérios se compõem de dois grupos: um formado por gente incapaz e outro por gente capaz de tudo.”
Num momento mais difícil do governo popular em 2005, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse: “ investiguem, punem culpados, obsolvem inocentes. Cortem na própria carne.”
Lair Estanislau Alves.