Tempo de mais na internet. Cadê a carne?
A diversão dos caboclos, sertanejos e outras figuras da zona rural foi trocada aligeiradamente por afoitos consumidores de informação. Estou começando a ficar com medo de tanta inutilidade. São tantos beijos e abraços dados e que não acontecem, que começo a desconfiar, igual o menino do Sexto Sentido, se não estamos mortos...será que o reino do virtual já nos tomou, a todos, igual fizeram as máquinas em O Exterminador do Futuro? Acho que o real foi massacrado, pela onda delirante, boba e infantil dos 'bjs' e 'abraços' que, estou começando a pensar seriamente em deletar todas essas mídias sociais.
Se elas estão deletando minha existência, quero fazer o mesmo com ela. Não quero viver feito fantasma que cultua desconhecidos; vivos, tratados como mortos!. Prefiro tratar mortos como vivos, trazendo à luz da vida, seus feitos!. Não quero matar os vivos, em prol do umbigo. Não quero dormir acordado, me dando a beber, sem nem xingar uma palavra tola. Não quero morrer nesse mar de felicidade delirante, em que todo mundo é amigo e todo mundo sabe da vida do outro.
Pelo amor de Deus, cadê a privacidade? Se abrir assim, a todos? Homens e mulheres, abertos que nem Janelas, agora, sem alma. Quero alma, não quero anjos!!! chega de anjos! Anjos, eram figuras criadas para alegrar nossa fantasia. Tornar os homens e mulheres, anjos, é aceitar a morte na própria vida!
Hoje sairei, dançarei, beberei e pegarei em alguém, em seu corpo. Quero sentir a verdadeira carne, quero suar e derramar sangue se for necessário. Sentir meu coração batendo e a felicidade estampada nos olhos. Chega de reluzentes fotos, chega de facebook!