ESCREVENDO NOSSA HISTÓRIA (Reflexão)
ESCREVENDO NOSSA HISTÓRIA
(Crônica de Carlos Freitas)
No exato instante em que umbilicalmente, nos separam do útero materno, o primeiro gesto de ousadia que praticamos, é o de bradar ao mundo o nosso grito de liberdade. Inexoravelmente nesse instante estaremos abrindo a primeira página do livro, que relatará a história de nossas vidas. E só Deus Pai poderá fechá-lo. A quantidade de páginas, e, seu conteúdo dependerá tão somente da nossa tenacidade e determinação, durante a caminhada que por aqui empreendermos. Se pelos caminhos sofrermos quedas ou derrotas, dependeremos das próprias forças para levantarmos e superá-las. Se, em outros momentos fraquejarmos, tal qual na mítica história grega da Caixa de Pandora, que de forma inconsequente foi aberta, liberando todos os males do corpo e do espírito, que sejamos fortes, e, capazes de deles nos mantermos isolados. Que sejamos sábios e determinados em não nos entregarmos às vicissitudes, crendo na Esperança, que deverá estar guardada em nosso âmago, tal qual, como o único bem ainda preso na Caixa. Ela será a jóia preciosa que nos fortalecerá e nos dará coragem, para enfrentarmos todos os males do físico e do espírito, que certamente estarão à nossa espreita. Cada um de nós terá a oportunidade única, de deixar para a posteridade, páginas exemplares de sucessos, realizações, humanidade, criatividade, sabedoria, sociabilidade, amizade, emotividade e sensibilidade, como também, do dom maior inerente a nós humanos, que é o de amar tanto a nós como também ao próximo. No decorrer de nossas vidas, já maduros, haveremos de encontrar um grande amor, viver grandes paixões e gerar filhos, que também terão a oportunidade de escrever cada um a sua história. Seremos recompensados, se, mostrarmos desapego aos bens materiais, formos racionais, humildes, e reverenciarmos a Deus Pai. Certamente nos enriqueceremos espiritualmente. Daremos luz e paz ao nosso ser. Que sejamos sábios assimilando os tropeços, porque é somente caindo que aprenderemos a levantar. Deles extrairemos grandes lições. Nos veremos mais fortes. Se assim fizermos, nas nossas páginas e nas dos herdeiros, eternizar-se-ão exemplos de ações vitoriosas e altruístas. Entretanto, se resignados a notórios perdedores, sem forças de reação, sucumbirmos, desgraçadamente nosso livro se resumirá a tão somente duas páginas: prólogo e epílogo. Nossa vida foi inócua e vazia. Dela fomos passageiros ignorados.
Dia após dia, escreva cada página do Livro da sua Vida como se fosse à última, porque essa certamente não será escrita por você! - Que tal repensar conceitos, reciclar fundamentos, fazer uma auto-análise, e checar como está o volume de páginas do Livro da Sua História?