O contato do relato
Procurei o cordelista José Francisco de Andrade no povoado de Riacho da Onça em Monte Santo Bahia, para entrevistar e filmá-lo. Era domingo de 01 de janeiro de 2012 quando a nossa conversa prosseguia no quintal da sua casa residencial ele falou dos seus folhetos de cordel e outras participações, mas naquele momento convidei esse para nos guiar até a fazenda Laje dos Coelhos, mas o lugar é conhecido como " Toca da Onça", lá chegaram os três no local, depois da escalada, José de Jesus, José Antônio Campos ( Zé do Acendino) e José Francisco de Andrade esse deu o seu depoimento ao lado da grande pedra, onde tem algumas gravuras rupetres já quase apagadas e sobre as pedras dava para ver uma bonita paisagem lá embaixo. Sobre uma das pedras encontram-se a " Toca da Onça", pequena caverna e de difícil acesso, iluminamos e Zé do Acendino filmou-a. José Francisco e este cronista fez algumas perguntas referente a passagem das três expedições contra Canudos em 1897, ali por perto. Zé Francisco fez o seu relato e falou bem do trabalho que foi desenvolvido por Antônio Conselheiro que elogiou Enoque José de Oliveira o " Padre Enoque" na década de 1980 e quando esse chegou em Monte Santo em 1981, desenvolveu um trabalho voltado para o povo e fundou o Movimento Popular e Histórico de Canudos em 1983. Nós retornamos ao povoado de Riacho da Onça e aí fomos recebidos pela Centenária Cândida Maria de Jesus de 7 de julho de 1911, passando dos 100 anos, de cor branca e de óculos essa nos falou da seca de 1932, e dos tropeiros e das pessoas que andavam a pé entre 1922 a 1952. Cândida Maria deJesus, encontra-se filmada ao lado do cordelista José de Jesus Ferreira, José Francisco de Andrade e dos amigos Zé do Acendino e o filho de dona Cândida Antônio Manoel de Almeida. Portanto, José Francisco relatou a mim que a estrada da época da Guerra de Canudos, passava em Riacho da Onça e fazenda Quirinquinqual, local onde ele nasceu em 10 de fevereiro de1954.