VELHO NOVO
VELHO NOVO
Há poucos anos, quando ainda estava na ativa, havia uma síndrome dos 35 anos. Amigos que trabalhavam, ficavam estressados pela possibilidade de dispensa de seus serviços, por terem atingido uma idade avançada. A possibilidade dessa ocorrência, aliada a falta de perspectiva de encontrar vaga em outra empresa, eram assustadoras para esses novos velhos. As políticas de RH vigentes à época e a fartura de mão-de-obra jovem e mais barata, faziam também com que essa máxima se ampliasse, pois era necessária uma renovação acelerada, e a saída estava nos jovens e não nos jurássicos de 35, pois chegavam novas tecnologias e novas relações empregador/empregado. Era o fim da era dos bonzinhos e o estabelecimento da aposentadoria precoce para muitos, que agora começavam a partir para negócios próprios, buscando sua sobrevivência.
E eis que o mundo girou, e estamos assistindo agora a caça dos jovens entre 50 e 65 anos, boa parte, banidos na época de ouro dos 35.
Pois é, o amornamento, não digo aquecimento, da economia do país, acrescido a uma péssima formação educacional de nossos jovens, ressuscitou os agora "velhos novos".
Dizem agora os anúncios “Procura-se velhinho novo para exercer função de destaque e importância na economia do século XXI, necessário ter entre 50 e 65 anos, dispensa-se experiência(rs)”.
Quem diria que eu com 62, fosse voltar a ser alvo do mercado de trabalho.
Só rindo mesmo.