Metamorfoses do cotidiano
Nesta noite, desejei que o brilho de uma estrela te guiasse até mim. Desejei que a ventania persistente não eliminasse os rastros, os quais me levam ao caminho da felicidade. Porque de fato, isso me importava. Apenas desejei! Parecia que aqueles pedidos não encontravam um bom êxito. E, logo ali, na esquina da vida, vi algo ardendo em chamas. Daquelas chamas? Sobrariam apenas as cinzas. Pude ver o amor desmoronando, contorcendo… Vi o amor se perdendo em meio às metamorfoses negativas. Vi também que os momentos, os instantes e as histórias, desmanchavam-se com o sopro gelado da agonia. Continuei intacta e sem reação. Mas logo fui interrompida por um cheiro que me leva a um estado nostálgico. O olfato detectava um aroma que posteriormente também seria vago, abafado pelas perturbações do cotidiano. Sinceramente, não sei se quero deixar o vento apagar as pegadas que insistem em me levar até você. Pois, quando a realidade bater em minha porta e a agonia tomar conta dos meus pensamentos, não suportarei por muito tempo, longe do seu sorriso. Não estou preparada pra ver você entrar em uma estrada sem portas de saída. Então, quando eu estiver perdida, insisto; Permaneça próximo, bem próximo… Quando eu estiver confusa, apenas me abrace.. E, se as lágrimas ousarem cair, por favor, continue do meu lado e seque-as. Porque quando eu estiver bem, continuarei desafiando o improvável, apenas pra ter um riso seu!