DESEJOS VÃOS
DESEJOS VÃOS
Bastou uma saidinha, neste primeiro dia útil do ano, para constatar o quanto são vãos os augúrios de, “ Um 2012 com muita paz e muito amor “, que se houve como cantilena nos dias que antecedem o novo ano.
Mesmo numa cidade média, sem as grandes pressões dos grandes centros, a falta de paz e amor estão grassando sem parar.
Num acidente de veículos, com pequenos danos, os envolvidos, após impublicáveis trocas de gentilezas, quase chegam as vias de fato.
Num semáforo de pedestres, uma senhora de idade, por muito pouco não é atropelada, e ainda houve uma grosseria malcriada, de um motorista aparentemente educado.
Numa fila de supermercado, um jovem com o carrinho lotado entra no caixa destinado a 10 volumes, repreendido com educação, xinga veementemente o caixa e abandona o local deixando as compras ali abandonadas.
Estranho como as pessoas estão tão cheias de desamor e desassossego, e perdem as estribeiras por fatos tão banais e irrelevantes.
Não consigo atinar o que as leva a assim proceder, mas afirmo com certeza que é falta de “muita paz e muito amor”.