A freiras, meu inicio de ano e tomara que 2012 seja realmente o ano do fim do mundo!
Nos últimos dias, tomei-me de nostalgia de minha infância, onde fui muito feliz, muito infeliz e na maior parte de vezes ¨mais ou menos¨.
Mas não pensei em quintais, madeleines ou coisa que o valha...
Lembrei-me das freiras do colégio onde estudei e tentei lembrar-lhes o nome e eis o que consegui:Irmã Regina, Celeste, Goretti, Sallet e Maria das Neves. Das outras tantas não lembrei o nome. A Irmã Sallet incutiu-me o respeito pela ciência, A Maria das Neves pela História. As jovens Celeste e Goretti me ensinaram a alegria, ensinaram mesmo, pois em minha casa isso era um pouco desrespitoso, só minha mãe podia gritar e esbravejar quando quizesse, à nós cabia o tom cordial e sem maiores informações. A intimidade era uma coisa impensável em nossa casa, o tom da conversa era ameno, nunca foi insuportável. A intimidade não me fazia falta naquela época.
Bom, mas eu lembrei-me das freiras e com elas veio Dona Zenith, que era professora de francês, mas me acendeu a luz das artes. Talvez tenha sido com Dona Zenith que eu resolvi o que queria ser para o resto de minha vida (e ainda sou, por incrível que pareça!).
Com minha avó aprendi que queria ser forte e isso eu ainda ando buscando, mas o que sou não desvia muito daquilo que eu pensava então e hoje dou-me conta disso.
Essas eram as homengens que queria fazer nesse início de ano, pois todo início de ano penso nas minhas epifanias. Opa! Esqueci dos cães, tenho pensado o quanto essas criaturas tem tornado minha vida doce.
No mais, filha, pais, amigos e tal que são sempre uma alegria e muitas vezes não são, são uma questão de amor( outro dia falo porque ¨o amor nunca me troxe completo esquecimento¨...)
Muito se tem falado do fim do mundo anunciado pelos maias, que aliás não foram muito bons em previsão em relação a si mesmos, embora conhecessem muito de estrelas. Conheço aí pelas américas latinas uns rostos maias muito tristes...
Mas, eu queria que fosse mesmo o fim do mundo, que eles tivessem razão. Que fosse o fim desse mundo de violências, de insensibilidade, de egoísmo brutal! Nem falo do que se tem feito contra o planeta, que esse tem mostrado que se refaz e extigue impiedozamente eras e seres.
Se fosse o fim do mundo dos homens de agora, eu queria que lhes fosse possível recomeçar outro mundo muito mais doce que esse e que tivessem a capacidade de aprender.
Agora vou acabar o meu primeiro texto nesse mundo de escritores, eu que não sou um deles, mas apenas uma pessoa que ficou muito atrevida, em parte por causa da Dona Zenith, dizendo para os que aqui estão e ouvi dizer que tem um monte de evangélicos, que me deixem seguir com minhas crenças cheias de sincretismo, que eu não pertubo ninguém...
Ps: não acompanhei as mudanças ortográficas e quando escrevo rápido erro muito, peço desculpas por esses deslizes.