Um Plano Para Vida
“Não se sinta culpado por não saber o que fazer da vida. As pessoas mais interessantes que eu conheço não sabiam aos 22, o que queriam fazer da vida. Alguns dos quarentões mais interessantes que conheço ainda não sabem.” [Pedro Bial - Filtro Solar]
O problema não está em não saber o que se quer fazer da vida. O problema está em não haver objetivos na vida. O problema, na realidade, se resumiu de duas maneiras. Há pessoas que não tem objetivo na vida e há pessoas que não sabem, ou não tem a visão necessária de como atingir seu objetivo.
A vida é curta para esperarmos a chance certa, a melhor ocasião. Precisamos trabalhar o plano “B” paralelamente com o plano “A”.
Posso não saber o que quero fazer da vida, mais sei muito bem onde quero chegar na vida, ou melhor dizendo onde quero estar daqui a alguns meses, anos, décadas...
Um bom exemplo, que irá simplificar o que estou tentando passar é o seguinte – a algumas semanas na empresa onde trabalho ouvi alguém dizer o seguinte – “Não tenho interesse algum de crescer nessa empresa” – essa afirmação foi devido a um processo seletivo interno que dava a possibilidade de galgar um cargo acima. Essa expressão ficou a me incomodar como algo inacabado. Por fim entendi que essa pessoa não possui uma visão correta da vida. Essa pessoa espera em algum momento no futuro a chance ideal, o momento certo no lugar certo. Mas se esse momento demorar seis meses, e se demorar um ano, dez anos, e se esse momento não vier? Estamos dispostos realmente a esperar a hora certa para a realidade de um sonho? Por que não estabelecer objetivo ao invés do caminho?
É certo que regras éticas e comportamentais para alcançar um objetivo são de suma importância.
Mas, dentro dos padrões éticos, por que delimitar meu crescimento com circunstâncias que restringem meu percentual de oportunidade e de crescimento?
Quando me ofereceram um emprego, onde ganhava menos de um salário mínimo, uma queda considerável em meu estilo de vida. Resolvi refazer meus planos. A primeira certeza era de crescimento, pessoal e profissional, eu precisava crescer novamente, recomeçar é sempre difícil, mas reconstruir é necessário e o importante é fugir dos paradigmas do passado. Um plano de ação era necessário. Então estabeleci uma meta que com certeza era alcançável, minha meta não deveria estar limitada a tempo, não queria estipular um prazo para alcançá-la, mas deveria ser alcançável. Não queria estipular um lugar específico para alcançá-la e o mais importante de tudo, as ferramentas necessárias para tingir minha primeira meta deveria estar em mim, não em algo que eu deveria ainda conseguir.
Com os perímetros do meu novo plano traçado, estipulei minha meta. E ai entra um paradigma que tive que destruir, e apouco tempo vi através do livro de Luiz Felipe Pondé (Contra Um Mundo Melhor – Ensaios do afeto) que não estava tão longe de um pensamento lógico. A questão de que dinheiro não trás felicidade. Dizer que dinheiro não trás felicidade é no mínimo hipocrisia. É óbvio que não é o único caminho para sermos felizes e que não é uma felicidade ampla... Mas dispensar o dinheiro da equação é um tanto insano, pois as coisas que nos trazem infelicidade esta na maior parte das vezes ligadas a nossa economia... Quando se mensura as causas de divórcio a questão econômica tem seu percentual, quando falamos em saúde e bem estar, dinheiro está envolvido, quando falamos em conhecimento e possibilidades, nosso poder de aquisição é essencial. Então vamos de inicio parar de falar que dinheiro não trás felicidade. Em uma novela, da qual não lembro mais o nome, um personagem disse o seguinte, uma frase que nunca mais esqueci – dinheiro não trás felicidade, manda buscar –
Sendo assim, voltando ao nosso plano, depois de quebramos um paradigma, posso dizer que meu objetivo inicial era não ter direito ao abono salarial do governo (PIS). No dia que atingisse esse objetivo eu não estaria mais ganhando menos de um salário mínimo. Na verdade estaria ganhando acima de dois.
E com esse objetivo, eu não estava preso a em que empresa eu deveria trabalhar para conseguir, nem em que profissão eu deveria exercer. A questão de estar na mesma empresa ainda hoje é apenas a conseqüência de meus esforços somada com a percepção da empresa de que algo me move fora daquelas paredes e que me faz ser o melhor que posso ser lá dentro. Meu objetivo mais as condições que estabeleci para alcançá-lo me fizeram o profissional competente e diferenciado que sou. Hoje eu excedo as minhas expectativas, antevejo as ações do meu superior. Um bom profissional entrega o serviço solicitado no tempo solicitado. Um profissional “fera” entrega mais do que lhe foi solicitado antes do previsto. O Mundo hoje não está mais procurando bons profissionais, mais sim profissionais que excedem suas expectativas.
O meu primeiro objetivo, sem perceber fixou meu ganho monetário em torno de R$ 1.000,00, meu próximo objetivo era ser obrigado, obrigado a declarar renda o que fixava meu ganho em no mínimo R$1.499,15.
Eu poderia estabelecer meu objetivo em R$ 26.560,00, mas qual a minha realidade? O importante é estabelecer metas atingíveis e no final das contas superar suas próprias expectativas.