O Perdão.
Um amigo considerado como irmão contou-me uma passagem atípica da sua vida conjugal. Pedi-lhe se poderia escrever uma crônica da história sem causar-lhe constrangimento, autorizou-me desde que não revelasse nomes dos envolvidos, no caso fatos de adultério. Vamos aos fatos. Com seis anos de casado, pai de um casal de filhos, tinha um relacionamento comercial com um açougueiro negro que todos o chamavam de Negão, à esposa começou um “caso” com esse tal, claro, ele nem desconfiava. Só veio a saber quando à esposa fugiu com o Negão, diziam terem fugidos para São Paulo. Um ano depois à esposa aparece em estado bastante adiantado de gravidez, fora abandonada pelo Negão que partiu para outra aventura. Chorando e pedindo perdão queria voltar ao lar de onde nunca deveria ter saído, ele a perdoou, mas criou uma cisão com seus pais e irmãos que o achincalharam com os piores termos chulos, o mais leve foi o tradicional “corno” para à esposa sobrou o costumeiro termo “puta” .Sem que lhe pedisse deu-me os motivos do seu perdão:
Primeiro, não conseguiu tira-la da cabeça e do coração.
Segundo, muito trabalhadora e caprichosa, à casa sempre um brinco.
Terceiro, quem poderia cuidar dos filhos melhor que ela? Madrasta nem pensar.
Quarto, era uma “coisa” na cama.
Quinto. arrependida prometeu-lhe amor e fidelidade para o resto da vida
E à família aumentou quando nasceu o filho da esposa fora do casamento, registrou-o em seu nome. Tinha planos para mudar para o Espírito Santo. Mais ou menos uns dez anos que dele não tenho notícia.
Lair Estanislau Alves. Dezembro 2011.