Buenos Aires

 

 

 

Buenos Aires foi a primeira cidade estrangeira que eu conheci ainda bem jovem. Naquela época fiquei impressionadíssima com a suntuosidade dos prédios, com a elegância das lojas, dos restaurantes, das pessoas nas ruas. Tudo muito diferente daqui. Agora, passados tantos anos, as diferenças diminuíram. No entanto, alguns pontos positivos continuam na minha lista, apesar de ter visto pelas ruas do centro inúmeras calçadas detonadas, lixo acumulado em esquinas e camelôs vendendo bugigangas. Coisas de terceiro mundo, do qual os argentinos também fazem parte. O governo de lá também compra todo mundo do mesmo modo que o nosso faz por aqui. Por todo lado pode se ver cartazes com o slogan ‘Argentina para Todos’, com fotos de Tina, como é chamada a atual Presidente. A única diferença é que eles, desde longínquo passado, sempre foram preocupados com a Educação, o que resulta em gente mais civilizada. Motoristas de táxi, garçons de bares, confeitarias e restaurantes, assim como vendedores e vendedoras em lojas são todos bem-educados. Nota-se menos desleixo na maneira de vestir das pessoas que circulam pelas ruas, até mesmo as mais modestas. Não vi  ‘guardadores de carros’ em nenhum lugar, nem ambulantes nas esquinas oferecendo macaquinhos de brinquedo ou bolinhas de sabão aos motoristas. Outra coisa que me impressionou é que os ciclistas andam na mão correta e param quando o sinal fica vermelho.  Pouquíssimas motocicletas rodam pela cidade. Na Argentina não existe a profissão de motoboy, uma das pragas que assolam o nosso país! *

 

 

 

 

 

(*) Eu não teria nada contra eles se fossem mais calmos e não atormentassem tanto os motoristas e pedestres com suas alucinadas correrias, na maior parte das vezes em zigue-zague, fazendo pi-pi-pi-pi com aquela buzininha estridente.