PREFIRO OS LIVRES
Não aprecio muito as rimas, a não ser na literatura de cordel ou quando muito bem feitas como, por exemplo, em Soneto da Fidelidade (Vinícius de Morais), Versos Íntimos (Augusto dos Anjos), Autopsicografia (Fernando Pessoa), entre outros que dispensam comentários. Também, estes poetas são verdadeiros gênios da literatura, e suas poesias com rimas ricas ou pobres encantam a todos pela qualidade, harmonia e musicalidade.
Meu assessor para assuntos poéticos escreve poemas seguindo rigorosamente a métrica e quase sempre com rimas. Eu sempre as evito porque não gosto de me sentir presa, tendo que procurar uma palavra para combinar, forçando até mudar o que vem no pensamento. Como não sou poeta e muito menos gênio, prefiro os versos livres, desde que harmoniosos, com equilíbrio e ritmo.
Costumo dizer que sou uma transgressora dessas regrinhas que impõem limites e que, de certa forma, cerceiam a minha liberdade de expressão do pensamento. Ora, pois! Ao menos o pensamento tem que ser livre, é ou não é? E não me preocupo com isso, pois, repito, não sou poeta, dispenso-me dessas obrigações.
Inventei de brincar de fazer rimas, aí saiu o poemeto “pé quebrado” que publiquei aqui ontem... E, como se pode ver, definitivamente as rimas não são a minha praia. A propósito, aqui no Recanto tenho encontrado maravilhas, verdadeiras joias em matéria de poesia. Fico encantada com tanta beleza.