AMOR POR NADA
Por carlos sena.
Sempre se diz que os diferentes se atraem. Isto compõe uma teoria questionável para se estabelecer o verdadeiro gostar de alguém. Outros dizem que para uma relação dar certo tem que as pessoas serem mais ou menos iguais. Fato é que cada pessoa vai achando o que deve para justificar ou não a sua paixão por alguém, ou mesmo o seu amor. Pensamos diferente. Imaginamos que o verdadeiro gostar não se subordina nem a uma coisa nem a outra. Gostar de alguém de verdade, supõe que se não precise de nada. O amor é algo tão grande e contraditório que qualquer prognóstico de definição se esbarra em si mesmo e cai no vazio. Exaure-se no dia a dia e causa a sensação de que o nosso “mundo caiu”, pois o que imaginávamos ser amor se corroeu em pouco tempo, como se oxidável fosse tendo a “maresia” à disposição dele.
Muito já se escreveu sobre o amor. Qualquer outra escrita será talvez mais uma diante desse sentimento que nocauteia o mundo e faz dele refém de si mesmo. O encontro do ser humano é outro definidor de águas no quesito felicidade. Ninguém é feliz sozinho, embora se tente e se diga isto em determinadas condições. O ser humano nasceu para amar e ser amado, mas o que determina o amor por alguém nem sempre é bem decodificado. Geralmente pequenos detalhes são encontrados como formas de alguém se ligar a outro, apaixonar-se e amar. Há quem diga ter se apaixonado pelo olhar, pelo corpo, pela inteligência, pela voz, por um jeito no andar, etc., ou por tudo isto juntos. Prefiro crer que tudo possa colaborar conjuntamente, mas a rigor não fazem tanta diferença. Todos os fatores elencados se acomodam com o tempo. A rotina nos deixa "nus", expostos ao verdadeiro sentimento que nos invade (ou não) e que, no geral, não estão servindo para segurar aquilo que imaginávamos ser o nosso amor.
Ama-se alguém por nada. Pronto. Por nada. Apenas a gente não pode num piscar de olhos chegar perto de alguém sem ser por algum motivo aparente como um olhar, um gesto, enfim, uma atração. Costumamos dizer coisas tipo: “me apaixonei pelo olhar”, “pelo andar, pelo...”, mas tá provado que pouco valor tem para a nossa composição do quadro fiel de amor dentro do que se espera dele. Um grande amor, certamente o é por nada. Ele é o seu próprio objetivo de si mesmo. Beira o mistério e foge a qualquer lógica por mais racional que ela seja. Ama-se alguém pelo amor. Se for por outra coisa é certeza a separação. Portanto, AMA-SE ALGUÉM POR NADA, embora o nosso sistema capitalista tente a isto desmistificar, mas não consegue por muito tempo. As relações afetivas ignoram tudo, porque não precisam de nada, só do querer dos entes amados. Esse por nada é, de fato, o por tudo. Só que o "TUDO" ao qual nos referimos fica impossível aos olhos dos que estão de fora. É quando você quer sair de uma relação e não consegue, posto que há instalado um AMOR POR NADA, apenas pelo amor em si mesmo.
Por carlos sena.
Sempre se diz que os diferentes se atraem. Isto compõe uma teoria questionável para se estabelecer o verdadeiro gostar de alguém. Outros dizem que para uma relação dar certo tem que as pessoas serem mais ou menos iguais. Fato é que cada pessoa vai achando o que deve para justificar ou não a sua paixão por alguém, ou mesmo o seu amor. Pensamos diferente. Imaginamos que o verdadeiro gostar não se subordina nem a uma coisa nem a outra. Gostar de alguém de verdade, supõe que se não precise de nada. O amor é algo tão grande e contraditório que qualquer prognóstico de definição se esbarra em si mesmo e cai no vazio. Exaure-se no dia a dia e causa a sensação de que o nosso “mundo caiu”, pois o que imaginávamos ser amor se corroeu em pouco tempo, como se oxidável fosse tendo a “maresia” à disposição dele.
Muito já se escreveu sobre o amor. Qualquer outra escrita será talvez mais uma diante desse sentimento que nocauteia o mundo e faz dele refém de si mesmo. O encontro do ser humano é outro definidor de águas no quesito felicidade. Ninguém é feliz sozinho, embora se tente e se diga isto em determinadas condições. O ser humano nasceu para amar e ser amado, mas o que determina o amor por alguém nem sempre é bem decodificado. Geralmente pequenos detalhes são encontrados como formas de alguém se ligar a outro, apaixonar-se e amar. Há quem diga ter se apaixonado pelo olhar, pelo corpo, pela inteligência, pela voz, por um jeito no andar, etc., ou por tudo isto juntos. Prefiro crer que tudo possa colaborar conjuntamente, mas a rigor não fazem tanta diferença. Todos os fatores elencados se acomodam com o tempo. A rotina nos deixa "nus", expostos ao verdadeiro sentimento que nos invade (ou não) e que, no geral, não estão servindo para segurar aquilo que imaginávamos ser o nosso amor.
Ama-se alguém por nada. Pronto. Por nada. Apenas a gente não pode num piscar de olhos chegar perto de alguém sem ser por algum motivo aparente como um olhar, um gesto, enfim, uma atração. Costumamos dizer coisas tipo: “me apaixonei pelo olhar”, “pelo andar, pelo...”, mas tá provado que pouco valor tem para a nossa composição do quadro fiel de amor dentro do que se espera dele. Um grande amor, certamente o é por nada. Ele é o seu próprio objetivo de si mesmo. Beira o mistério e foge a qualquer lógica por mais racional que ela seja. Ama-se alguém pelo amor. Se for por outra coisa é certeza a separação. Portanto, AMA-SE ALGUÉM POR NADA, embora o nosso sistema capitalista tente a isto desmistificar, mas não consegue por muito tempo. As relações afetivas ignoram tudo, porque não precisam de nada, só do querer dos entes amados. Esse por nada é, de fato, o por tudo. Só que o "TUDO" ao qual nos referimos fica impossível aos olhos dos que estão de fora. É quando você quer sair de uma relação e não consegue, posto que há instalado um AMOR POR NADA, apenas pelo amor em si mesmo.