SERÁ QUE MEUS PAIS ENTENDERIAM ?

 

 

 

Quando eu era criança, achava esquisito um homem ou mulher falar no rádio, pensava como é que eles podiam estar lá dentro daquela caixa de madeira? Meus pais explicavam que as vozes, as músicas, os sons vinham em ondas pelo ar. Eu não entendia direito e para falar a verdade, até hoje não entendo muito bem, só mais ou menos... Depois vieram os telefonemas sem intervenção explícita da telefonista. Ligações interurbanas feitas sem demora! E as ligações internacionais, então? Que maravilha! Nesse meio tempo apareceu a televisão. Sons e imagens captados do ar... de início em preto e branco, às vezes cheias de risquinhos, o aparelho precisava levar uns tapas. Quando transmitiram a primeira viagem à Lua, ri muito dos comentários de gente da roça ou incrédula. Diziam que era tudo armação. Enfim elas foram se acomodando e tornaram-se coloridas. E eu aproveitando. Pouco tempo passou, chegaram os computadores, os telefones sem fio, a internet, as transmissões ao vivo, os CDs, os celulares... Como todo mundo, passei a usufruir de tudo e ainda fico irritada quando a conexão não funciona bem. Entretanto, meu aparelho de tv não é dos mais modernos e meu celular tem uns dois anos, portanto já quase jurássico, com ele só posso falar e tirar fotos, nada mais. Ainda estou atrasada.

 

Com a enxurrada de iPhones, iPads, iPods, fico pensando ai meu Deus, como é que pode? Nem ouso pensar em iCloud. Mas acho linda a capa da revista Veja de 12 de outubro, com Steve Jobs sentadinho lá nas nuvens brincando com suas invenções que tanto impacto tiveram em nossa cultura, tornando nossa vida muito melhor.

 

Quem sabe agora, lá em cima, ele possa explicar direitinho a meus pais como é que tudo isso funciona...